"Karol", o musical que homenageia o Papa Wojtyla


Varsóvia (RV) - A vida de um Papa e de um Santo, contada ao ritmo do pop, rock e jazz, mas também por algumas baladas suaves. Esta é a proposta do musical "Karol", em preparação na Polônia, para homenagear um de seus mais ilustres personagens.

"Foi assistindo em Paris "1789: Les Amants de la Bastille", que impressionado com essa história épica transformada em musical, tive a ideia de criar um musical sobre a vida de Karol Wojtyla", declarou à AFP Michal Kaczmarczyk, autor dos cenários e das letras das músicas.

Típico representante da jovem  geração marcada por João Paulo II, Kaczmarczyk, 35 anos, diz que passou quinze horas na fila “com apenas uma garrafa de água", para prestar reverência a Wojtyla, cujo corpo ficou exposto na Basílica de São Pedro em 2005.

O espetáculo de duas horas, cuja primeira apresentação terá lugar início de 2017, pretende ser leve, recordando inúmeras histórias e anedotas sobre Karol Wojtyla, conhecido por seu grande senso de humor.  A música, obra de um compositor polonês Filip Siejka, recorda os "anos loucos" após o seu nascimento em 1920, antes dos anos do pop rock que o viram subir ao trono de São Pedro, em 1978.

Como adolescente, o futuro líder dos católicos aparece no palco em de camiseta e calção, ao lado de seu caiaque. O Pontífice responde com um "wow, wow" a um prelado italiano que, não falando bem a língua polonesa, perguntou-lhe: "Como está o pequeno cão?" em vez de "Como está o Papa?".

Mas o público de Cracóvia, onde o culto de Karol Wojtyla é muito forte, provavelmente vai rir, tanto quanto chorar de emoção com o espectáculo. No roteiro, por exemplo, há momentos fortes  traduzidos em baladas. Uma canção, "Alguém me mandou correr", inspirado em um poema de João Paulo II, recorda suas dúvidas sobre a importante missão que ele sente ter recebido de Deus.

"Eu pedi uma gota, recebi o Atlântico, pedi uma pedra, recebi diamantes", canta o ator polonês Jacek Kawalec, que interpreta o falecido Papa. "Eu sempre duvido, mas alguém me ordenou para correr, esticar os músculos (...) não olhar para trás".

O folhetim também fala de seu relacionamento com sua mãe, falecida quando Karol tinha pouco mais de nove anos, o que explica, segundo alguns biógrafos, seu apego especial a Virgem Maria.

Emilia Wojtyla, interpretado por Agata Nizinska, canta uma "Conversa com meu filho", uma espécie de roteiro profético para toda a sua vida.

Uma grande estrela polonesa, Edyta Geppert, vai cantar várias músicas de seu repertório que será integrado no cenário do show.

Quinze atores interpretam os papéis principais, mas com dançarinos, cantores e extras, a equipe conta com cerca uma centena de pessoas. O cast ainda não está completo: procura-se um Karol com dez anos e outro dez anos mais velho

Quinhentos ingressos já foram reservados para este show que fará sua estreia 25 de fevereiro de 2017 no grande salão Tauron Arena Cracóvia, anunciaram os organizadores. Os presentes serão cercados na estreia por homens atléticos vestidos de Guarda Suíça, cuja missão será servir o bolo de creme favorito de Karol Wojtyla. (JE/AFP).








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