Prince, um artista de "rara genialidade"


Cidade do Vaticano (RV) – “O príncipe e as gravadoras” é o título do artigo publicado no L’Osservatore Romano dedicado a Prince, artista rock e soul falecido na quinta-feira, 22, em sua residência em Mineápolis.

“Muito raramente as canções de Prince, um dos tantos nomes que o artista assumiu em sua carreira, foram tocados pelas rádios nestes últimos anos”, escreve o jornal da Santa Sé. Isto porque o “músico de Mineápolis travou uma longa batalha pessoal contra as gravadoras e, ultimamente, também contra as mais frequentadas plataformas digitais. Prince foi portanto, boicotado por quem controla o mercado da música pop. Mesmo que se possa apostar que agora, após a sua morte ocorrida em 21 de abril aos 57 anos, as rádios FM tocarão de forma obsessiva algumas de suas músicas, a começar por Purple Rain”.

“Mas será questão de um par de dias – prevê o jornal – porque as razões das gravadoras levarão mais uma vez a melhor sobre as razões da música. E Prince voltará ao esquecimento, não obstante a sua inegável bravura que o levou a circular com extrema desenvoltura do rock ao funk, do disco ao jazz”.

“O que fica dele – mais do que qualquer excesso tipicamente anos 80, é precisamente a genialidade com que sabia mover-se entre os diversos gêneros. Um dote raro no mundo da música comercial. O mundo nebuloso dominado pelas gravadoras”, conclui o L’Osservatore Romano.

Já o Cardeal  Gianfranco Ravasi, Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, recordou Prince na sua conta Twitter com uma estrofe de música “Sometimes It Snows In April”:

"Sometimes, sometimes I wish that life was never ending, All goodthings they say, never last" (às vezes desejo que a vida não acabe nunca, e todas as coisas bonitas, dizem, não duram eternamente).

(JE/OR)

 








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