Papa: domingo coleta em prol da Ucrânia, terra de um conflito esquecido


Cidade do Vaticano (RV) – Na conclusão da Audiência Geral na Praça São Pedro na última quarta-feira, o pensamento do Papa Francisco voltou novamente à população da Ucrânia, recordando a especial coleta convocada para o próximo domingo, em favor dos que naquele país sofrem as consequências da violência.

Um conflito armado “esquecido por muitos” e que há dois anos envolve a Ucrânia e a sua população, e que, mais uma vez, o Papa Francisco quis lembrar e chamar a atenção do mundo. De acordo com dados da ONU, são mais de 9 mil as vítimas do conflito na Ucrânia, quase três milhões os deslocados internos e os refugiados fora do país, com tensões ainda em curso, especialmente nas áreas de Donetsk e Lugansk:

“Eu convidei a Igreja na Europa – disse o Papa - a apoiar a iniciativa que eu convoquei para atender a essa emergência humanitária. Agradeço de antemão todos aqueles que contribuirão generosamente para esta iniciativa, que se realizará no próximo domingo 24 de abril”.

À especial coleta desejada pelo Papa, e a ser destinada em particular aos idosos e crianças para dar-lhes uma “ajuda humanitária”, como o próprio Papa especificara no Regina Caeli de 3 de abril último, será acompanhada uma soma em dinheiro disponibilizada pelo Santo Padre. Sobre essa iniciativa, fala o Padre ucraniano Vladimiro Voloshyn, coordenador pastoral da Conferência Episcopal Italiana, CEI, para os ucranianos na Itália:

R. – Devemos agradecemos o Santo Padre por esta iniciativa. Nós a viveremos plenamente domingo 24, porque o Papa se fez voz de todos os ucranianos não só na Europa, não só na Itália, mas em todo o mundo. Este conflito armado tem consequências desastrosas, porque as vítimas são principalmente os idosos e as crianças, que foram deslocados e que tiveram de abandonar suas casas destruídas para fugir para as regiões da Ucrânia, onde não há guerra. Esta iniciativa do Papa Francisco diz respeito a essa parte da população, por exemplo, da região de Donbass, na Ucrânia, onde muitas crianças ficaram sem os pais, que foram assassinados ou estão desaparecidos.

P. – O senhor falou sobre a emergência dos órfãos, das crianças. O que mais atinge esta grave crise humanitária?

R. - Ela atinge as famílias, que têm de abandonar seus lugares de origem e buscar outros mais tranquilos, em outras regiões da Ucrânia. Eles não têm os meios necessários para cuidados médicos e nem mesmo apoio econômico. Várias pessoas idosas devem atravessar as áreas de “controle” para ir onde podem receber a aposentadoria e comprar alimentos ou medicamentos, para depois retornarem – em meio a riscos sempre maiores - para suas casas, quando podem fazê-lo. E para a população em geral serve alimento, medicamento, dinheiro para reconstruir suas casas e pagar as contas de luz e água. (SP)








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