2016-04-21 17:11:00

Pais às portas do Paço Episcopal contra aumento de propinas


Em Macau, os pais e encarregado de educação do Colégio Diocesano de São José protestaram às portas do Paço Episcopal por causa dos aumentos de propinas pelo terceiro ano consecutivo. Dizem que é um aumento inexplicável e como até agora ainda ninguém deu uma explicação satisfatória sobre o assunto resolveram protestar e pedir um encontro com o bispo.

Querem falar com o bispo Stephen Lee mas ainda não conseguiram. Os pais do Colégio Diocesano de São José entregaram uma petição com 270 assinaturas no Paço Episcopal, no passado dia 17 de Março, a pedir um encontro. Como não houve resposta, nesta passada terça-feira, resolveram manifestar-se ás portas da diocese.

Não chegavam ás duas dezenas mas representavam os encarregados de educação e com eles as preocupações e a perplexidade com este aumento de propinas pelo terceiro ano consecutivo naquela escola católica. A proposta de aumento passa das 28 mil patacas para as 31 mil, cerca de 3100 euros por ano, o que significa que tem havido um aumento de cerca de 300 euros anuais nos últimos três anos.

Antes já tinha havido contactos entre os pais e a direcção do colégio. O director da escola, Anthony Kok Va Pong, já explicou aos jornais locais que o dinheiro das propinas e os aumentos destes últimos anos foram canalizados para obras de requalificação das instalações e infra -estruturas do colégio. Em Março, no entanto, a direcção da escola tinha apresentado outras justificações – a inflação ou o elevado salário dos professores estrangeiros.

Apesar dessas explicações, os pais consideram-nas insatisfatórias e dizem que não se compreende o aumento de três mil patacas, cerca de 300 euros, e que esse aumento aconteça logo durante três anos consecutivos.

Para agravar a situação, esse aumento não foi comunicado oficialmente aos encarregados de educação. Foi um acaso quando um dos pais dos alunos consultava o portal da Direcção dos Serviços de Educação e detectou esse aumento no valor das propinas. Em anos anteriores, o aumento também nunca foi comunicado. Os pais só davam conta quando eram confrontavam o saldo das contas bancárias.

É também por tudo isto que a contestação começa a subir de tom. Os pais pedem explicações, sim, mas também transparência na gestão da escola. Os pais também não parecem agradados com a ideia de terem de trocar de estabelecimento de ensino porque, alegam, não só a adaptação a uma nova realidade é sempre complicada para as crianças mas também pelas implicações que teria no processo de aprendizagem.

No final deste protesto os pais diziam-se desapontados por o bispo ainda não ter tido disponibilidade para os escutar.

Carlos Picassinos








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