Assembleia de Emmaus começa com flash mob na praia


Jesolo (RV) – Passaram-se 10 anos da morte do Abbé Pierre, o padre francês fundador do movimento Emaús, mas a sua criação está mais viva do que nunca: 430 grupos, de 35 países do mundo, se reúnem a partir de segunda-feira (18/04) até sábado (23/04) em Jesolo nordeste da Itália.

O evento é a assembleia mundial do movimento que terá o tema “Emaús, valores comuns, ações pelo amanhã”. Como a reunião de 2003 na capital de Burquina-Fasso, importante pela dimensão ‘política’ do movimento, esta também se preanuncia significativa, principalmente porque elegerá como guia, nos próximos 4 anos, o primeiro não-europeu, provavelmente um membro proveniente da África.   

Flash-mob

O encontro começou com uma marcha na praia dos mais de 400 delegados: um ‘flash mob’ em que foram depostos na areia lenços e camisetas coloridas entremeadas para simbolizar um mundo unido na diversidade. 

Combater a miséria e suas causas

Que lugar têm os excluídos? Que papel têm Emaús Internacional e seus membros em todo o mundo? Por que Emaus estuda todos os dias, em todo o mundo, alternativas para combater a miséria e suas causas em um mundo onde precariedade e miséria continuam a aumentar? Quatro oradores tentarão responder:

Representando a África, Joséphine Ouedraogo, socióloga de Burquina-Fasso; a Ásia, Medha Patkar, indiana e ativista social e ecológica; a América, o uruguaio Gustavo Dans, pesquisador e especialista em políticas sociais do Mercosul; e a Europa, o comboniano italiano Alex Zanotelli, fundador de diversos movimentos pela paz e a justiça social.

Emergência ecológica

Segundo Renzo Fior, italiano que liderou Emaús internacional por dois mandatos, “os desafios de amanhã são ligados ao momento histórico concreto. A situação está diante dos olhos de todos e está se deteriorando: a riqueza está em mãos de poucos, a miséria se alastra, a economia condiciona a política, as migrações são um fenômeno dramático e o acesso aos bens comuns é um problema para muitos. Neste quadro, Emaús tenta entender como agir, levando em conta a emergência ecológica apontada pelo Papa na “Laudato si’”.

O Movimento Emaús nasceu na França há 50 anos e vive uma proposta de solidariedade entre os pobres. 

(CM)








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