Um dos maiores produtores de algodão em África, o Burkina Faso, decidiu, nesta quarta-feira, pôr termo à cultura do algodão bi-transgénico, devido à má qualidade das suas fibras, soube-se nesta quinta-feira, junto de organizações profissionais de agricultores citados pela AFP.
O novo director da Sociedade das Fibras e Têxteis do Burkina Faso (SOFITEX), Wilfrid Yaméogo, disse que os agricultores exigem da empresa norte-americana, Monsanto, uma indemnização financeira de 48 mil milhões de francos CFA (mais de 83 milhões de dólares americanos).
A semente “Organismos Geneticamente Modificado” (OGM) introduzida em 2008 no Burkina Faso, no quadro de uma cooperação entre a Monsanto e a SOFITEX, instituição estatal de pesquisa, representava 70 porcento das superfícies cultivadas no país cuja economia se baseia essencialmente na agricultura. o Burkina Faso iniciou, em 2009, a produção em grande escala, de algodão transgénico depois de pesquisas iniciadas em 2003 sob o regime do chefe de Estado Blaise Compaoré, com o apoio da multinacional agro-alimentar norte-americana Monsanto.
O algodão, que é o segundo produto de exportação, depois do ouro, contribui com cerca de quatro porcento para o Produto Interno Bruto (PIB) do Pais e sustenta economicamente pelo menos três milhões e 500 mil camponeses.
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