Patriarca maronita invoca misericórdia para o Líbano e Oriente Médio


Beirute (RV) - O Líbano não poderá sair da sua atual crise político-institucional e econômica e as guerras no Oriente Médio não acabarão sem a misericórdia de Deus. Foi o conceito central expresso este domingo (03/04) pelo Patriarca de Antioquia dos Maronitas, Cardeal Béchara Boutros Raï, durante a santa missa na festa da Divina Misericórdia.

Sem a misericórdia o Líbano não poderá salvar-se

“É inútil esperar salvar o Líbano se a misericórdia não habita no coração de nossos dirigentes”, disse o purpurado na homilia, referindo-se ao impasse político que há quase dois anos impede a eleição do novo Presidente da País dos Cedros.

Também somente da misericórdia poderá vir uma solução política dos conflitos na Palestina, Iraque, Síria, Iêmen e da crise dos refugiados, acrescentou o Patriarca Raï, ressaltando que a fé cristã deve ser refletida nas obras.

Cúpula entre cristãos em Bkerké sobre situação no Líbano e Oriente Médio

A situação no Líbano e em toda a região esteve no centro do encontro de cúpula entre cristãos realizado esta segunda-feira (04/04) em Bkerké, sede do Patriarcado maronita, com o objetivo de definir uma posição comum das comunidades cristãs libanesas sobre as várias questões à mesa, a começar da vacância presidencial.

Segundo o diário L’Orient-le-jour e a agência Apic, entre os pontos discutidos, destacam-se: a defesa da unidade nacional do Líbano; os vários focos de violência no Oriente Médio; o combate ao extremismo religioso e ao terrorismo; a preocupação com a deterioração das relações com os países árabes; a questão palestina e o acolhimento aos refugiados.

Urgente a eleição do novo presidente. O êxodo dos cristãos um genocídio

No comunicado final da reunião os líderes cristãos libaneses reiteram a urgência da eleição do novo presidente, ressaltando que o “vazio presidencial recai de modo fortemente negativo sobre o funcionamento das instituições do Estado”.

Além disso, eles denunciam mais uma vez o êxodo dos cristãos da Síria e do Iraque, que comparam ao genocídio dos armênios sob o Império otomano.

Quanto à emergência refugiados – que já superou a cifra recorde de dois milhões, entre sírios, iraquianos e palestinos –, as Igrejas cristãs libanesas pedem uma solução política que permita o retorno destes a seus respectivos países, vez que o Líbano não é mais capaz de acolhê-los. (RL)








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