2016-04-03 11:39:00

Quénia. Apelo dos líderes religiosos: eleições de 2017 sejam pacíficas


"Fazemos apelo a todos os políticos, com os seus interesses consolidados, para que deixem de transformar as eleições numa questão de vida ou morte para os quenianos" – escreve o Conselho inter-religioso do Quénia num comunicado conjunto, em vista das próximas eleições gerais no país agendadas para 2017. A este organismo também adere a Conferência Episcopal do Quénia, para além de várias outras confissões cristãs, muçulmanas e hindus no país. "É imoral e criminoso para todos os que procuram uma posição – lê-se no comunicado, citado pela agência Fides - aceitar que os quenianos possam morrer ou ser mutilados apenas para satisfazer as suas ambições políticas”.

Alarme pela criação de milícias violentas
Em particular, os líderes religiosos denunciam a criação de milícias em previsão das votações: "Estamos particularmente revoltados que políticos e aspirantes políticos, em diferentes níveis, estejam a criar milícias cuja única intenção é trazer a violência aos quenianos. Tudo isto deve parar imediatamente. Pregar e praticar a paz em vez de criar estruturas de violência" exortam os líderes religiosos. Um apelo é também  lançado aos meios de comunicação, para que não estimulem a propaganda baseada na divisão étnica e tribal, favorecida por alguns políticos, através das redes sociais.

Comissão Eleitoral deve agir de modo responsável
O comunicado chama também a Comissão Eleitoral Independente  às suas responsabilidades, convidando-a particularmente a criar  um registo claro dos votantes e a verificar o correcto funcionamento dos dispositivos electrónicos que serão utilizados nas mesas de voto, visto que aqueles que foram usados nas eleições anteriores "falharam miseravelmente”.

Eleições sejam livres, justas, pacíficas e credíveis
"Como líderes religiosos - conclui o comunicado - reafirmamos o nosso compromisso com o processo eleitoral, com o objectivo de promover a aprendizagem dos valores nacionais, a coesão e a participação dos cidadãos nos processos políticos e assegurar que as eleições de 2017 sejam livres , justas, pacíficas e credíveis”. (BS)








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