"Nem tudo o que reluz é ouro": Campanha faz sucesso na Suíça


Genebra (RV) – Cerca de 3 mil paróquias suíças aderiram em 2016 à Campanha de Quaresma, a iniciativa anual ecumênica promovida no país pelo organismo caritativo católico “Action de Carême”, (Ação de Quaresma), em parceria com os protestantes de “Pain pour le prochaine” (Pão para o Próximo) e aos cristãos de “Etre partenaire” (Ser parceiro). A Campanha este ano focou a denúncia dos efeitos nocivos da extração do ouro junto às populações do país do sul do mundo. O tema escolhido para a edição foi “Nem tudo o que reluz é ouro”.

Sensibilizar sobre o impacto das atividades extrativas nas comunidades locais

Cerca de 60 palestras e debates foram realizados para conscientizar a cidadania suíça a respeito do impacto das atividades extrativas nas comunidades locais. Houve ainda peças de teatro, projeções de filmes, refeições de quaresma em salas de paróquias, escolas e outros locais públicos. Um dos momentos mais fortes foram os testemunhos de hóspedes convidados de Burquina-Faso e África do Sul, que falaram sobre a situação em seus países e seu trabalho no território.

Nas ruas de Friburgo, Losanne, Peseux e Sion foi exposto um cubo dourado de 5 metros cúbicos, equivalente à quantidade de outro transformada nas refinarias suíças, com painéis explicando o papel do país no comércio deste metal precioso.

Numerosas adesões de outras iniciativas 

“Pain du partage” (Pão da compartilha) recolheu 50 mil francos suíços, enquanto a venda de 130 mil rosas levantou meio milhão. A arrecadação vai permitir o financiamento de projetos de ajuda aos cidadãos de Burquina-faso, para que continuem cultivando suas terras, e às comunidades da África do Sul, na denúncia das contínuas violações dos direitos do homem perpetradas pelas indústrias extrativas. 

Uma petição para pedir a regulamentação da indústria extrativa

Enfim, as Igrejas se mobilizaram para recolher assinaturas para a petição “Multinacionais responsáveis”, lançada em abril de 2015 por “Pão para o Próximo” e “Ação de Quaresma”, com cerca de 70 organizações pedindo uma regulamentação global para as atividades extrativas no mundo.

 








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