Testes para vacina contra zika podem começar dentro de 1 ano


Nova Iorque (RV) - O diretor do Instituto Butantan, em São Paulo, Jorge Kalil, afirmou que os "testes clínicos de vacina contra o vírus zika podem começar daqui a um ano".

Entrevistado pela Rádio ONU, Kalil falou sobre a ligação entre o vírus zika, microcefalia e a síndrome de Guillain-Barré.

Observações

"Realmente depois de todas essas observações está cada vez mais próxima a conclusão de que realmente o zika vírus é o que causa a microcefalia. Existem ainda alguns experimentos mais formais acompanhando pacientes grávidas, com e sem a infecção. Mas tem uma publicação recente no Brasil, no grupo da Fiocruz, no Rio de Janeiro, que acompanhou várias mulheres grávidas que tiveram infecção pelo zika e teve um incidência muito elevada de microcefalia."

Jorge Kalil falou também sobre o processo para o desenvolvimento da vacina. Segundo ele, os testes clínicos podem começar daqui a um ano, mas o medicamento só vai estar disponível para a população bem depois.

"Vai depender muito de quanto as agências regulatórias e as autoridades regulatórias estarão acreditando em tudo o que estão vendo e que acham que esse sistema é suficiente seguro para que a gente progrida rapidamente nos estudos humanos e possa começar a imunizar a população. Isso tudo tem um tempo mínimo e não acredito que em menos de três anos a gente consiga fazer tudo isso, mas a gente está trabalhando para ser o mais rápido possível."

O diretor do Instituto Butantan disse ainda que de imediato, é preciso combater o mosquito Aedes aegypti da melhor forma possível.

Para Kalil, o que deve ser feito é um programa de educação para a população brasileira para que se combata o mosquito mesmo quando ele não está incomodando.

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou dados preliminares indicando que uma estirpe africana do vírus zika teria provocado o surto em Cabo Verde. De acordo com a agência, essa informação ainda deve ser confirmada.

O país está fazendo o acompanhamento de 165 mulheres grávidas com suspeita de infeção pelo vírus. Nas 44 que deram à luz, não houve sinais de microcefalia nos recém-nascidos e nem relatos de anomalias neurológicas.

Pacientes

O país relatou 7.457 casos suspeitos de infeção do zika de outubro a fevereiro, apesar de terem sido confirmados apenas dois pacientes. A OMS informou que o surto tende a diminuir no país.

Malformação

O Gabão é outro país africano com a presença do vírus, segundo a mais recente atualização sobre o vírus zika, microcefalia e síndrome de Guillain-Barré.

Infelizmente, o Brasil lidera em número de casos de microcefalia e de malformação do sistema nervoso central com um total de 6.158 casos. Pelo menos 157 pessoas morreram e 745 crianças com zika foram confirmadas para o diagnóstico de microcefalia. (MJ/Rádio ONU)








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