2016-03-14 12:17:00

Mulheres: coração da Igreja no coração do Vaticano - Andrea Hattler


“A Coragem da Misericórdia”, foi o tema da terceira edição do evento “Vozes da Fé” realizado no dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher,  no Vaticano.  Uma iniciativa de Fundação Fidel Gotz, mais precisamente de Chantal Gotz, este ano em parceria com Serviço dos Jesuítas para os Refugiados. Mas há outras fundações colaboradoras, entre as quais a Fundação Loyola, cuja Presidente é Andrea Hattler Bramson

Casada e mãe de três filhos, uma das quais com problemas de autismo,  Andrea vive na pele "a coragem da misericórdia",  a coragem de fazer dos limites uma força, à luz da fé. Optimista, ela considera, tal como foi sublinhado no encontro, que é preciso mexer as águas, e muito, para que os milagres aconteçam.  E "Vozes da Fé", que adoptou o método de ouvir histórias, testemunhos particulares de mulheres movidas pela fé no enfrentamento de tantos problemas, vai um pouco neste sentido: é um acto simbólico, num dia simbólico, num lugar simbólico - mulheres coração da Igreja no coração do Vaticano. 

Para além de histórias de mulheres de várias partes do mundo, o encontro deste ano contou também com um painel sobre "o que querem as mulheres da Igreja?": um diálogo inter-geracional entre mulheres de idades diferentes e de vários horizontes geográficos. A resposta principal foi: "as mulheres querem sentir-se bem-vindas na Igreja", caso contrário as próximas gerações não vão bater à sua porta.

Comentando, Andrea Hattler considera que as mulheres fazem um grande trabalho, humilde, mas que rege a Igreja. É preciso que isso seja reconhecido, sem que de cada vez que se fale da questão feminina na Igreja se pense - foi também sublinhado no encontro - que as mulheres querem ser sacerdotes. Para Andrea Hattler, pessoalmente, o que pretende é a igualdade de dignidade em relação a qualquer outra pessoa. 

Ela está, todavia, confiante de que tudo irá na justa direcção, ajudado também pelo Papa, que - frisa ao comentar as críticas segundo as quais Francisco deveria ser mais decidido no que toca à questão da mulher na Igreja - dá três passos em frente e dois para trás. O “saldo” é, portanto, positivo, se assim se pode dizer.

Andrea evoca também a relação com outros cristãos, considerando que, de forma geral, nestes assuntos todos , as portas estão “entreabertas”  e se pode colaborar e avançar muito. 

Oiça aqui a conversa com ela: 

(DA)








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