Reunida Fundação caritativa do Papa para países do Sahel


Cidade do Vaticano (RV) – A reunião anual do Conselho Administrativo da Fundação João Paulo II para o Sahel se inicia nesta segunda-feira (07/11) em Dacar, no Senegal. A Fundação depende do Pontifício Conselho Cor Unum (encarregada da caridade) desde sua criação, em 1984.

Até sexta-feira (11/03), a reunião examinará e decidirá os projetos que deve financiar. Em 2015, foram subvencionados 91 projetos, num total de quase 1 milhão de dólares.

O bispo brasileiro Dom Pedro Zilli é membro da Fundação

Os membros do Conselho Administrativo da Fundação são bispos do Sahel: Burquina Fasso, Cabo Verde, Gâmbia, Mali, Mauritânia, Níger, Senegal, Chade e Guiné-Bissau. Deste país, o representante é o bispo de Bafatá, o brasileiro Dom Pedro Carlos Zilli.

A Fundação promove projetos contra a desertificação, gestão e desenvolvimento de unidades agrícolas, energias renováveis e purificação das águas. Também oferece recursos para a formação de pessoal especializado em seus próprios países.

No curso dos anos, a Fundação se tornou um instrumento de diálogo inter-religioso: a maioria de seus beneficiários pertence hoje à religião muçulmana.

Escassez de recursos e violência na área

O Sahel é uma das regiões mais pobres do planeta: 100 milhões de habitantes, 24 dos quais em condições de precariedade nutricional; 6 milhões de crianças menores de 5 anos desnutridas. Os recursos hídricos são cada vez mais escassos: o aquífero que alimenta cerca de 2,5 milhões de pessoas entre Nigéria, Camarões, Níger e Chade teve a superfície reduzida em 80% nos últimos 50 anos. Além disso, a área é alvo de grupos terroristas que ali instalaram campos de treinamento e praticam violência contra a população.

Os maiores financiadores da Fundação João Paulo II para o Sahel são as Conferências Episcopais da Alemanha e da Itália. 

(CM)








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