Lisboa (RV) – Para o Secretário-geral da Caritas Europa, não há uma crise de refugiados no Velho Continente mas sim “uma crise de solidariedade”, com a a urgência de os países colaborarem mais entre si para responder a este desafio.
Jorge Nuño Mayer realça, em entrevista à Agência Ecclesia, que os políticos europeus estão dando um mau exemplo à sociedade ao fecharem as fronteiras e deixarem que o medo e o ódio se sobreponham ao acolhimento.
“Não se pode abrir as fronteiras para todos, mas podemos trabalhar as causas desta questão, e a Caritas demonstra que isso é possível, estar e colaborar onde as pessoas precisam”, afirma o Secretário-geral da Cáritas Europa, citando como exemplo o panorama atual no Líbano:
“Um terço da população deste país são refugiados; seria como se de repente chegassem à Europa 200 milhões de refugiados, aí sim haveria uma crise, não com um, dois ou três milhões”, reforça Jorge Nuño Mayer.
“São poucos os que abrem as portas a quem precisa (…) uma Europa de 500 milhões de habitantes é incapaz de receber 1 milhão e 200 mil pessoas que vêm para aqui para escapar da guerra, de uma morte certa”, prossegue.
“Como cristãos, temos de encontrar a melhor forma de ajudar a Europa a abrir o seu coração aos que sofrem com a crise econômica, aos que procuram escapar da guerra”, àqueles que “se sujeitam a entrar num bote sem quaisquer condições de segurança, sabendo que podem morrer, para fugir de seu país”, complementa.
(CM)
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