2016-02-25 09:11:00

Padre Lombardi: os meus 25 anos na Rádio Vaticano


Como já noticiamos esta semana o Diretor Geral da Rádio Vaticano, o Padre Federico Lombardi, depois de 25 anos de serviço, deixa no final deste mês de fevereiro a nossa emissora.

O sacerdote jesuíta que é também Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé chegou à RV em 1990 como diretor de programas. Em 2005, foi nomeado diretor-geral. Os seus superiores, em 2001, confiaram-lhe também o Centro Televisivo Vaticano (CTV), cargo que já não exerce no momento.

Para um balanço sobre os 25 anos vividos na Rádio Vaticano e uma reflexão sobre a comunicação vaticana, o Padre Lombardi concedeu uma entrevista ao nosso colega do programa italiano Roberto Piermarini que aqui publicamos:

Padre Lombardi: “Quando vim para a Rádio Vaticano não conhecia diretamente o mundo vaticano, mas antes de ser provincial dos jesuítas italianos fiquei mais de dez anos na revista ‘Civiltà Cattolica’ e como para outros jesuítas antes de mim, penso em particular nos diretores os Padres Martegani e Tucci, esta foi uma ótima escola preparatória para enfrentar as questões da informação e comunicação em sintonia com o serviço ao Papa e à Santa Sé. Além de acompanhar com  continuidade e de perto as atividades do Papa como eu nunca tinha feito, para mim as novidades mais fascinantes foram o horizonte mundial da atividade de informação da Rádio e a grande internacionalidade da comunidade de trabalho, com pessoas de 60 nacionalidades, com culturas, línguas e alfabetos muito diferentes. Além disso, tive de me acostumar a um género de expressão diferente: não mais longos artigos muito documentados, mas trechos breves a serem ditos em um ou dois minutos. Uma expressão mais sintética e mais clara possível. Nisto acredito que a minha formação matemática tenha-me ajudado um pouco. Nos primeiros 15 anos, de 1991 a 2005, fui diretor dos programas, e o aspeto prevalente foi a atenção aos conteúdos de informação e a grande proximidade à vida das redações e às muitas pessoas que as constituem. Relações humanas muito intensas e profundas, sobretudo com os redatores, mas também com os técnicos com os quais me relacionava frequentemente não obstante eles não dependessem diretamente de mim. Digo que este foi o período mais feliz em que me pude dedicar plenamente à missão da Rádio Vaticano, desde de manhã até à noite, praticamente todos os dias, quase sem interrupção.”

A seguir, o senhor teve também outras tarefas...

Padre Lombardi: “É verdade. Desde 2001, os superiores por várias circunstâncias confiaram-me também o CTV e em 2006, também a Sala de Imprensa da Santa Sé. Mas desde 2005, com a partida do Padre Borgomeo, fui nomeado Diretor Geral, e esta em relação a antes era uma tarefa mais administrativa, que exigia menos proximidade contínua junto das pessoas, e num certo sentido também mais compatível às outras tarefas que tinham sido confiadas a mim e que naturalmente exigiam grande parte do meu tempo. Num dia normal, eu dividia-me mais ou menos assim: de manhã cedo e à tarde na Rádio Vaticano, na metade da manhã ia à Sala de Imprensa e no final da manhã ao CTV. Tinha muita coisa para fazer, mas nunca pensei em pedir para deixar a Rádio Vaticano. É a missão para a qual os meus superiores religiosos me enviaram para servir o Vaticano. Sempre a considerei primeira e fundamental, e sempre me senti comprometido com a fidelidade ao serviço às pessoas que por primeiro tinham sido confiadas a mim. Naturalmente, procurei realizar com todo o compromisso possível também as outras tarefas, muito importantes, mas a minha casa no Vaticano sempre foi a Rádio.”

Nesses anos não faltaram as dificuldades... 

Padre Lombardi: “As dificuldades nunca faltaram. O tempo mais agitado, em relação à Rádio, foi o das discussões e acusações relativas à poluição eletrónica, por causa da atividade do Centro de Transmissão de Santa Maria de Galeria. A questão explodiu no final do Grande Jubileu, em janeiro de 2001, e ficou tensa durante vários meses, até ao verão, depois continuou ainda por um longo tempo, mas com intensidade reduzida. Naturalmente, era difícil ser acusados, de maneira certamente injusta, de fazer mal, até mesmo de matar crianças; mas tínhamos a consciência tranquila e acredito que por isso, fomos capazes de viver a provação com responsabilidade, paciência, seriedade moral e competência científica.” 

Quais são os fatos que lhe deram mais alegria ou mais desgosto nesses anos?

Padre Lombardi: “Os que me deram mais alegria foram os testemunhos de ouvintes que viviam situações difíceis e conseguiam-nos enviar mensagens de gratidão pelo nosso serviço. Lembro-me de uma enfermeira voluntária leiga na Somália, sozinha num mundo de maioria muçulmana, que nos ouvia regularmente. Recordo-me as 40 mil cartas de gratidão que chegaram da Ucrânia no primeiro ano depois da queda do regime soviético. Os exemplos são muitos. Por outro lado, o maior desgosto que ainda carrego comigo foi o de não conseguir realizar um programa em língua hauça. Era muito pedido pelos bispos do norte da Nigéria, uma região que como sabemos hoje é palco de violência e tensões, onde age o Boko Haram. Eu já tinha organizado, praticamente com custo zero, contando com colaborações voluntárias dos religiosos nigerianos em Roma e contribuições realizadas num estúdio de rádio católica na Nigéria. Poderia ter sido ouvido bem e o único custo teria sido o da energia elétrica para a transmissão, não mais de 10 mil euros por ano, menos de 30 euros por dia. Já tínhamos feito a primeira transmissão e foi-me pedido para suspendê-lo, acredito por causa da preocupação de que a rádio não se alargasse. Para os nigerianos foi uma desilusão muito grande. Para mim foi uma decisão errada, contrária à compreensão de uma verdadeira necessidade humana e eclesial à qual se poderia dar uma resposta pequena, mas significativa, de atenção e apoio às populações pobres e que passam provações.”

Não obstante este insucesso, a Rádio Vaticano fez muito nesse sentido na sua história...

Padre Lombardi: “Sim, este foi um caso típico de serviços que poderiam e podem ainda ser feitos com as ondas curtas e somente com elas. Este é o motivo  pelo qual nós, também eu pessoalmente, defendi insistentemente o uso até hoje e sou imensamente grato aos colegas do Centro de Santa Maria de Galeria que desempenharam a sua tarefa com grande competência e dedicação, conservando a operacionalidade de seu Centro, no seu género um verdadeiro tesouro, com uma economia rigorosa. Naturalmente, para mim está claro que as tecnologias da comunicação abriram espaços novos muito importantes, e hoje vitais e preponderantes, aos quais é preciso absolutamente reorientar muitos recursos. Mas no DNA da Rádio Vaticano e da sua missão desde as origens e depois em particular no tempo da Igreja oprimida por totalitarismos, sobretudo comunistas, houve sempre o serviço dos cristãos oprimidos, dos pobres, das minorias em dificuldade, mais do que a sujeição absoluta ao imperativo da maximização da audiência. Naturalmente, a medida da audiência deve ter a consideração adequada, mas não é tudo. Espero que isto não seja esquecido no futuro no discernimento sobre os desenvolvimentos da comunicação vaticana. É um grande desafio: como manter realmente os pobres presentes e como combater a cultura do descarte no mundo novo da nova comunicação.”

O senhor concorda que uma reforma da comunicação vaticana era e é necessária, e que isto fará mudar profundamente a Rádio Vaticano na qual o senhor viveu?

Padre Lombardi: “Certamente, a grande evolução na comunicação impôs-se também para os meios de comunicação vaticanos e é por isso que a reforma era necessária e deve ser realizada com coragem, com consciência e apreço pela nova cultura e novas tecnologias que a caracterizam. Por isso, sobretudo nos anos noventa, fizemos na Rádio um grande esforço para entrar no mundo da comunicação digital e da multimedia, não pensamos somente na produção de programas de áudio, mas desenvolvemos um grande site multilinguista e a presença na rede em várias formas, incluindo, enfim, o uso intenso dos meios de comunicação sociais, passando da comunicação unidirecional para a interação. Tanto que quando festejamos o 75° aniversário da RV, em 2006, eu fiz passar a mensagem de que nós nos chamávamos ainda Rádio Vaticano, mas na realidade não éramos mais uma rádio no sentido estreito do termo, pois nos tornamos um centro importante de produção de informações e aprofundamentos multilinguista e multicultural que difundia o seu serviço com as tecnologias e as formas apropriadas para alcançar o público em várias partes do mundo. Como tinha feito Pio XI com Marconi, usando as tecnologias mais inovadoras do tempo, assim nós fazemos hoje. Na realidade eu amei o nome Rádio Vaticano que expressa uma grande história, mas nos tempos recentes senti este nome como uma armadilha, uma fonte de equívoco, porque deixava pensar que nós fossemos destinados a produzir somente programas de áudio para a difusão radiofónica tradicional e isto reforçava naturalmente as objeções dos críticos, que nos acusavam de gastar muito por uma atividade limitada e tradicional. Isto não era de facto verdade. Basta olhar o nosso site para entender. Em todo o caso, acredito que seja hora de ir para além do nome Rádio Vaticano para nos libertar do peso deste equívoco. Na reforma em andamento isto acontecerá naturalmente.”

O senhor vê bem a reforma em andamento?

Padre Lombardi: “A reforma é certamente bem-vinda. Todas as vezes que me diziam que era preciso fazer análises e mudanças na Rádio Vaticano, por exemplo, nas famosas reuniões do ‘Conselho dos 15 cardeais para o estudo da situação económica’, eu respondia que certamente eram sempre necessárias, mas que isso teria de acontecer no contexto de um exame e uma reforma global dos meios de comunicação vaticanos, porque eles vinham de uma história em que tinham nascido, sucessivamente e separadamente, como meios específicos, enquanto agora entramos no mundo da multimedia e da convergência digital. Portanto, estou perfeitamente de acordo que se proceda e parece-me que a abordagem global adotada seja correta. É também justo que tenham a responsabilidade pessoas mais jovens que nós, mais abertas e mais convencidas da possibilidade do novo.”

Falou-se muito sobre as economias que a reforma deveria trazer...

Padre Lombardi: É verdade, mas não se deve esquecer que o esforço para economizar não começa a partir de hoje. Na Rádio, desde 2003 foi implementado um plano regular de redução de pessoal, aproveitando sobretudo as mudanças tecnológicas, mas sem dispensar ninguém, o que comportou uma redução de cerca de 70 pessoas, mesmo conservando a substância da produção dos conteúdos informativos. Portanto, à parte a já prevista - e há tempos iniciada redução das atividades de transmissão em onda curta - e à parte certas incontestáveis possibilidades de economia consequente da racionalização e da boa coordenação de certas atividades, duvido que possam ser feitas economias radicais sem renunciar às atividades importantes. Em relação à Rádio, ela  tem garantido uma notável quantidade de serviços diversos, que não se limitam somente à produção e à difusão radiofônica. Por exemplo: serviços de produção e difusão do áudio nas cerimónias e atividades vaticanas, documentação de serviço não somente das próprias redações, mas também mais amplamente dos media vaticanos e não somente, representação do Vaticano no mundo das telecomunicações e dos broadcasters internacionais, interpretações e traduções em diversas línguas pedidas pela Secretaria de Estado, etc. Todos estes serviços podem ser reorganizados e redistribuídos no mais amplo contexto da reforma, mas caso não se queira eliminá-los, teremos necessidade de pessoas e instrumentos como antes, e em certos casos, também mais do que antes...E então, os custos continuarão a existir, mesmo se não sejam imputados à “Rádio Vaticano”.... Em suma, é preciso não iludir-se de poder fazer muito mais e melhor investindo menos recursos. A comunicação custa e continuará a custar, mas é justo e necessário continuar a investir nela, se não a reforma será forçada numa gaiola muito restrita”.

O próximo passo da reforma prevê uma integração da Rádio Vaticano e do CTV. O senhor conhece o CTV, o que está previsto...?

Padre Lombardi: “Estou muito contente por esta perspetiva, que é algo natural. Como você recordava, fui por mais de 11 anos Diretor também do CTV, que foi para mim como uma segunda família, depois da Rádio Vaticano. Naquele período, o meu mandato era de promover “sinergias”, mas nunca se tinha pensado numa integração. Portanto, procurei desenvolver a boa colaboração sem alterar a identidade distinta das duas entidades. Mas uma integração é – como eu dizia – natural. Quando se vê uma direta televisiva e veem-se imagens e ouvem-se sons, as palavras do Papa. Até agora, no mesmo evento, as imagens são produzidas por uma instituição (o CTV) e os sons por uma outra (a Rádio). Estranho,  não? Não é por nada que em quase todos os países fala-se de “Radiotelevisão”. Mas na realidade, em cada caso nós sempre colaborávamos lado a lado. Uma outra dimensão em que se trabalhou muito juntos foi a da presença na rede: assim os canais no Youtube, as Videonews dos eventos vaticanos, etc, foram desenvolvidos juntos. As pessoas se conhecem e estão habituadas a trabalhar juntas. Não haverá dificuldade em sentir-se mais estreitamente unidos. Faço somente uma consideração: a pequena dimensão do CTV do ponto de vista do número de pessoal, sempre lhe garantiu uma grandíssima agilidade de movimento, projetação e decisão. A “escala hierárquica” era curtíssima. Era, portanto, fácil decidir e agir... Um organismo mais complexo e grande pode ter algum risco de peso a mais. Acredito que um dos desafios da reforma seja o de integrar e coordenar os diversos entes mediáticos sem pesar e complicar. Desejo que se consiga fazer isto.”

Na sua opinião, quais são as principais heranças que a Rádio Vaticano entrega à nova realidade da comunicação vaticana?

Padre Lombardi: “Eu diria duas, antes de tudo: uma cultural e uma humana. Do ponto de vista cultural, a Rádio desenvolveu e preservou na sua história uma excecional riqueza de comunicação multilinguística e multicultural, para inculturar a mensagem dos Papas e da Igreja em muitas culturas diversas: quase 40 línguas, em cerca de 15 alfabetos diferentes, como se vê imediatamente ao olhar o site. Trata-se de uma experiência preciosa do ponto de vista eclesial; um laboratório de unidade na variedade: unidade da missão, variedade das línguas. Viver a Rádio é uma escola de universalidade católica. Considero que esta riqueza será conservada, e estou contente de que isto seja reconhecido também nas linhas da reforma. Penso que uma redução disto por motivo de economia, seria na realidade um verdadeiro empobrecimento da comunicação vaticana. Na realidade acredito que o sentido apurado da missionaridade da Igreja, possa-nos fazer encontrar outras vias para não reduzir a variedade, mas sim para enriquecê-la ainda mais. Temos um sinal recente disto com a abertura da nova página web coreana no site da Rádio, desejada por mim há muito tempo e por fim realizada sem despesas a mais de pessoal, graças ao apoio da Embaixada junto à Santa Sé e da Conferência Episcopal. Estou muito feliz que o Prefeito da Secretaria para a Comunicação e a Secretaria de Estado tenham acolhido este projeto. Penso que nesta direção se possa e se deva continuar a abrir novos horizontes da nossa missão.”

Falava também de uma herança humana, o que queria dizer?

Quero dizer que a comunidade de trabalho da Rádio, apesar da sua complexidade excepcional pela diversidade de idades e culturas, fez um longo e não fácil caminho de conversão - das pessoas e dos grupos operativos - para passar das tecnologias e dos modos de trabalhar tradicionais aos mais recentes. Quando cheguei à Radio só se usavam máquinas de escrever e gravadores de fita: hoje os nossos jovens nem sabem sequer o que isso é ... lembro-me de uma viagem que fizemos na Suíça com um grupo de trabalho de técnicos e editores para ver e estudar os primeiros sistemas de processamento e edição digital do áudio para escolhermos o nosso ... Quanto caminho fizemos juntos! E agora existem mais de três centenas de pessoas dedicadas e motivadas, que desejam continuar a empenhar-se para o serviço da Santa Sé com as suas capacidades humanas e profissionais e a sua motivação eclesial. Eles devem ser acompanhados e valorizados tanto quanto possível. Os responsáveis pela reforma têm repetidamente assegurado a estabilidade dos postos de trabalho e me parecem muito orientados a oferecer possibilidades de melhoria e qualificação profissional. Isto é muito bom. Agora que a reforma já iniciou, se se conseguir também desbloquear o impasse, já bastante prolongado, dos justos reconhecimentos de estabilidade dos contractos e dos níveis de enquadramento adequados, vai-se contribuir para a serenidade do clima de trabalho e o entusiasmo no empenho de todos para caminhar por novas estradas e aceitar novos desafios de serviço eclesial.

O senhor foi o último Director jesuíta da Rádio Vaticano. Como vivem os jesuítas esta situação?

Obrigado por ter evocado o serviço da Companhia de Jesus na Rádio Vaticano. É um aspecto importante destes mais de 80 anos de história, porque desde o início os Papas a confiaram aos jesuítas. Houve figuras proeminentes no curso deste caminho: pensemos em Gianfranceschi, Soccorsi, Stefanizzi, Martegani, Tucci e Borgomeo e muitos outros, como Pellegrino, Farusi Quercetti, Maffeo, Giorgianni, Moreau, Matis e, mais recentemente, Arregui, Gemmingen, Koprowski e assim por diante ... Todos eles pessoas que foram felizes de poder dedicar generosamente ao serviço do Papa e da Igreja as suas melhores energias, em alguns casos, a própria vida. Me seja permitido também dizer uma palavra sobre o espírito deste serviço, que sempre tivemos o orgulho de realizar de uma maneira verdadeiramente desinteressada. Nunca o ostentámos, mas é verdade que o grupo dos jesuítas em serviço na Rádio não está enquadrado em termos de remuneração como os funcionários normais do Vaticano, mas a compensação que é depositada para a sua comunidade é calculada em quantidades muito inferiores em relação às normas gerais correspondentes ao pessoal normal, leigos ou religiosos, permitindo assim uma economia não indiferente. E poderia também acrescentar que carregar a responsabilidade de uma instituição que, por sua própria natureza, tem custos consideráveis ​​e praticamente não tem receitas possíveis, coloca na posição um pouco desconfortável de ter sempre que pedir muito dinheiro e nunca trazê-lo. Não muitos teriam aceitado com disponibilidade esta situação ao longo de décadas, expondo-se a críticas e objecções. Mas nós o fizemos sem hesitações, acreditando na missão recebida, e creio que, apesar de tudo, fizemos um bom trabalho juntamente com os nossos queridos colegas, colaboradores, editores e técnicos. Agora, no contexto da reforma, o Papa manifestou o desejo de que os jesuítas continuem  um serviço no campo da comunicação; mas desde que já não existe a Rádio Vaticano, que lhes era confiada pelos Estatutos, será necessário ver como se pode identificar claramente uma nova área de responsabilidade dos jesuítas. É uma questão em aberto, da qual os Responsáveis da Secretaria para a Comunicação estão plenamente conscientes e que certamente vão aprofundar em diálogo com os Superiores da Companhia de Jesus. Entretanto, os jesuítas continuam a trabalhar serenamente com os seus colegas e a assumir as suas responsabilidades no âmbito da actividade editorial, informativa e comunicativa da competência da "Direcção dos Programa", para que o processo de renovação se possa realizar da melhor forma. Portanto, vamos para frente com confiança, porque a estrada se tornará cada vez mais clara na medida em que a percorrermos, juntamente com toda a boa vontade possível.








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