2016-02-15 16:56:00

Semana do Papa de 8 a 14 de fevereiro


Nesta semana destacamos o envio dos Missionários da Misericórdia na Quarta-Feira de Cinzas, o encontro entre o Papa e o Patriarca Kirill e o início da Viagem de Francisco ao México.

Entretanto, logo no início da semana, o Santo Padre disse aos frades capuchinhos para serem homens de perdão, de reconciliação e de paz. Disse-o na Missa na Basílica de S. Pedro por ocasião da exposição dos corpos dos santos confessores Pio de Pietrelcina e Leopoldo de Mandic.

Neste Ano Santo da Misericórdia o Papa Francisco salientou o valor do gesto de quem se aproxima do confessionário e sente que há algo que lhe pesa e que quer retirar de si, mas não sabe como dizê-lo. Não é preciso fazer perguntas – disse o Santo Padre – o gesto de aproximar-se já fala por si.

Na Quarta-feira de Cinzas o Papa Francisco celebrou a Eucaristia na Basílica de S. Pedro com o rito da imposição das cinzas e, neste Ano Santo, presidiu ao envio dos Missionários da Misericórdia. O Santo Padre disse-lhes para ajudarem a abrir a porta dos corações:

“Caros irmãos, podeis ajudar a abrir as portas dos corações, a superar a vergonha, a não fugir da luz. Que as vossas mãos abençoem e aliviem os irmãos e as irmãs com paternidade; que através de vós o olhar e as mãos do Pai se ponham sobre os filhos e curem as feridas” – afirmou o Papa Francisco. 

Histórico acontecimento na sexta-feira, dia 12 de fevereiro: o Papa Francisco encontrou o Patriarca de Moscovo Kirill em Cuba no Aeroporto José Marti em Havana.

“Somos irmãos é muito claro que esta é a vontade de Deus” – disse o Papa Francisco num caloroso abraço ao Patriarca Kirill que afirmou: “Mesmo que as nossas dificuldades não estão resolvidas há a possibilidade de encontrarmo-nos e isto é belo”.

Depois foi assinada uma declaração conjunta que aborda âmbitos de colaboração e de diálogo com um particular enfoque para a situação dos cristãos no Médio Oriente.

Francisco e Kirill no texto da declaração exortam a comunidade internacional à união para porem termo “à violência e ao terrorismo”. Apelam para a paz, para a “ajuda humanitária” aos refugiados e referem o martírio dos cristãos.

Após a assinatura da declaração conjunta o Papa Francisco e o Patriarca Kirill proferiram breves declarações:

“Temos o mesmo Batismo, somos bispos. Falamos das nossas Igrejas e concordamos que a unidade se faz a caminhar” – afirmou o Papa Francisco que sublinhou ter sentido a “consolação do Espírito” no diálogo com o Patriarca Kirill.

Francisco agradeceu a “humildade fraterna” do patriarca russo e os seus “bons desejos de unidade”.

O Patriarca Kirill, por sua vez, ressaltou nas suas declarações a abertura do encontro com o Papa e as preocupações com o “futuro do Cristianismo”.

Kirill sublinhou ainda que as duas Igrejas podem “cooperar” trabalhando para o respeito da vida humana.

Logo a seguir ao encontro com o Patriarca de Moscovo Kirill, o Papa Francisco partiu para o México em Viagem Apostólica. Destaque para a Santa Missa celebrada no sábado dia 13 de fevereiro no Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe. Na sua homilia o Santo Padre afirmou que todos somos necessários na construção do santuário da vida.

“O santuário de Deus é a vida dos seus filhos, de todos e em todas as condições, especialmente dos jovens sem futuro, expostos a uma infinidade de situações dolorosas e arriscadas, e dos idosos sem reconhecimento, esquecidos em tantos cantos.”

“O santuário de Deus são as nossas famílias que precisam do mínimo necessário para se poderem formar e sustentar. O santuário de Deus é o rosto de tantos que encontramos no nosso caminho...”

Em forma de oração o Santo Padre referiu ainda na sua homilia que devemos olhar “intensamente e com calma” Maria, nossa Mãe e “abrigar” a nossa “solidão” nos seus olhos de “Mãe enamorada”.

“Ela diz-nos que tem a “honra” de ser nossa mãe. Isto dá-nos a certeza de que as lágrimas daqueles que sofrem, não são estéreis” – disse o Papa que na conclusão da sua homilia, recordando as obras de misericórdia que se devem cumprir nas comunidades, bairros e paróquias, declarou:

“Hoje, volta a enviar-nos; hoje repete para nós: Sê o meu mensageiro, sê o meu enviado para construir muitos santuários novos, acompanhar tantas vidas, consolar tantas lágrimas.”

No final da homilia e em silêncio o Papa Francisco recolheu-se em oração olhando a imagem da Virgem de Guadalupe e ofereceu uma coroa para demonstrar a sua própria filiação a Maria.

No final da celebração o Papa Francisco recolheu-se a sós em oração no ‘Camarín’, lugar onde é conservada a imagem que remonta às aparições do século XVI ao índio S. Juan Diego.

A visita do Santo Padre ao México continua nos próximos dias. Esta rubrica regressa na próxima semana com uma edição especial sobre esta 12ª Viagem Apostólica do Papa Francisco. Sempre aqui na RV em língua portuguesa.

(RS)








All the contents on this site are copyrighted ©.