Índia: Lei de combate a fome não é eficaz, afirma padre


Calcutá (RV) - Dois anos após a aprovação da lei de segurança alimentar na Índia, Food Security Bill, que pretendia reduzir a fome no país, a iniciativa do governo não está sendo suficiente para eliminar a fome e a desnutrição. A opinião é do Padre Irudaya Jothi, coordenador da campanha dos Direitos à Alimentação, uma das mais de 500 ONGs presentes em Bengala Ocidental, na Índia.

À agência AsiaNews, o padre afirmou que os resultados do programa seguem pífios comparados aos propostos pelo governo e, à época, considerado ambicioso. Implementada em agosto de 2013, a lei chegou a levantar dúvidas se o destino dos recursos financeiros chegariam aos mais necessitados, já que o montante poderia cair nas mãos de corruptos, responsáveis pela distribuição da ajuda.

Proposta inicial

Na proposta inicial, o programa prevê a distribuição de 5 quilos de alimentos por pessoa mensalmente, refeições gratuitas para mulheres grávidas, lactantes, crianças entre seis meses e 14 anos e crianças desnutridas e sem casa.  No entanto, o texto aprovado excluiu algumas categorias, fazendo com que várias pessoas ainda morram de fome.

Número cresce

"De acordo com a pesquisa nacional 2015-2016 sobre a saúde das famílias em Bengala Ocidental, o número de crianças desnutridas com menos de 5 anos de idade é maior hoje do que em 2005".

"A Igreja Católica e grupos de civis se empenharam na campanha para a aprovação desta lei ", destacou o padre, afirmando que os resultados não corresponderam às expectativas da população.

Segundo ele, a Igreja continua a trabalhar em favor dos mais desfavorecidos, seguindo exemplos de Madre Teresa e as Missionárias da Caridade.

“Jesus com suas palavras e suas ações – ressaltou o religioso – alimentou os famintos e deu de beber a quem tinha sede. E nós, como seus seguidores, devemos continuar na obra de misericórdia, para proporcionar um sistema melhor em grande escala.” (PS/AsiaNews)








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