Cardeal alerta professores sobre vulnerabilidade de jovens ao EI


Cidade do Vaticano (RV) - O recrutamento de alunos de escolas britânicas secundárias pelo autoproclamado Estado Islâmico (EI) é uma das preocupações do Cardeal-Arcebispo de Westminster, Dom Vincent Gerard Nichols. Pelo menos este será um dos temas que o prelado deve frisar em seu discurso aos professores católicos durante a Conferência da Associação de Professores, Escolas e Colégios e do Serviço de Educação Católico em Londres, programado para esta quinta-feira (28/1).

Divulgado nesta semana, o texto do discurso de Dom Nichols faz um alerta aos professores católicos com objetivo de prevenir o recrutamento de estudantes na Internet pelo grupo terrorista. De acordo com o cardeal, em apenas um mês é possível transformar adolescentes vulneráveis em terroristas islâmicos fanáticos.

Vulnerabilidade dos jovens

No alerta, o Dom Vincent destaca uma série de combinações – como ingenuidade, isolamento, compartilhamento de perdas de valores – que pode levar jovens a serem atraídos a ingressar em grupos terroristas, principalmente no EI.

“Um deles chegou a dizer que era claramente possível atrair uma pessoa ao ponto de estar disposto a deixar tudo em razão de sua causa recém-descoberta, até mesmo ao ponto de abraçar violência ou suicídio, dentro de um período de quatro ou cinco semanas”, relata o cardeal em seu texto.

No contexto do uso da Internet pelos terroristas, Dom Vincent aponta a existência de “uma estratégia coerente, ou pelo menos aparentemente coerente” na propaganda jihadista para esses adolescentes vulneráveis.

Educação cristã

É preciso, de acordo com o cardeal, educadores católicos com coragem de propor uma finalidade cristã autêntica aos jovens que seja tão atraente quanto a narrativa utilizada pelos terroristas. Para ele, a visão católica deve incluir o cultivo de um relacionamento com Jesus e o desenvolvimento de um senso de vocação cristã.

Oficiais da Grã-Bretanha estimam que pelo menos 700 muçulmanos britânicos juntaram-se ao EI na Síria e no Iraque. Muitos deles voltaram para o Reino Unido, mas cerca de 100 foram mortos. (PS)








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