A Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato da CNBB


Cidade do Vaticano (RV) - No nosso espaço dedicado a melhor conhecer as diferentes Comissões Episcopais que compõe a CNBB, vamos tratar, no nosso programa de hoje, da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato.

A Comissão para o Laicato é uma dentre as 12 Comissões Episcopais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Seu trabalho é direcionada aos cristãos leigos e leigas, para que vivam o cristianismo não somente no ambiente da Igreja, mas também nos diversos ambientes onde vivem, fora de suas portas. Mas quem melhor nos explica o que é esta Comissão e quais seus objetivos, é o seu Presidente, Dom Severino Clasen, Bispo de Caçador (SC):

“A nossa Comissão do Laicato é composta pelo Presidente, mais três Bispos: o Giovanne (Dom Giovanne Pereira de Melo), nós temos o Pedro Conti (Dom Pedro José Conti) e o Remídio (Dom Remídio José Bohn), lá do Rio Grande do Sul. E esta comissão tem também uma equipe de leigos, tipo assim, como grupos de reflexão. Uma equipe de leigos, cristãos leigos, homens e mulheres, homens casados, também tem mulheres casadas, solteiros, que ajudam a refletir o laicato, a teologia do laicato para o Brasil. E aí nós produzimos então documentos, textos de reflexão, de conscientização, para que os cristãos de fato sejam cristãos na Igreja e na sociedade. Então, este é o grande, eu diria, o grande filé da Comissão. Fazer com que os cristãos leigos sejam cristãos tanto na Igreja, nos serviços pastorais, nos movimentos, nas associações laicais e por aí vai. Como também sejam cristãos quando saírem das portas das Igrejas. Que sejam cristãos na política, no mundo profissional, na educação, na saúde, no comércio, enfim, aonde os cristãos estiverem. E por isto, então temos, um Bispo referencial em cada Regional no Brasil. Como são 18 Regionais, cada Regional também tem um Bispo, que no seu Regional deve levar esta reflexão. E para que os cristãos leigos possam viver a sua liberdade, serem sujeitos da evangelização, temos um grande desafio, que ainda não é muito bem reconhecido, tanto pela hierarquia como pelos próprios leigos, que é a questão dos Conselhos de Leigos. Que os leigos façam seus Conselhos  Diocesanos, Conselhos Paroquias, para eles de fato se organizarem como leigos, assim como nós Bispos temos a CNBB, o clero tem CNP, o CND os diáconos, o CRB os Religiosos. E os leigos? Por que os leigos que são maioria não podem se organizar? Então esta mentalidade ainda precisa ser avançada, precisa crescer, tanto na hierarquia quanto no laicato. A gente sente uma carência muito grande desta compreensão. Porque nós temos uma sociedade, a Igreja ....... em tantos momentos dentro desta manipulação, em que o clero manda e o leigo obedece. Não é questão de querer colocar agora o leigo para mandar. Mas viver, como também a hierarquia não deve está aí para mandar,  tem que conviver e estar do lado para ajudar como pai que ama e que acolhe e dá ternura. E o Ano da Misericórdia nos ensina a ter esta reflexão. Então como este ano também a Assembleia Geral da CNBB o tema central é o laicato, eu tenho muita esperança de nós darmos um passo muito firme, para que nós saibamos avançar como Igreja e também como consciência de cristãos. Acho que alí que está o grande ponto. Não adianta a gente chamar o leigo para a Igreja e depois ele vem para a Igreja e não tem nenhuma novidade para ele. Não sabemos transmitir o Evangelho, não sabemos valorizá-lo, e ele se torna um objeto. Não, o leigo não é um objeto, ele é sujeito da evangelização. Então a Comissão está tendo este grande trabalho, as reflexões que se desenvolvem no Brasil todo, para cutucar, animar os cristãos neste sentido". (JE)








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