"Fez-se tudo para todos", dizem bispos argelinos sobre Foucauld


Argel (RV) - Figura exemplar para o mundo e para o testemunho do Evangelho, que continua a inspirar a Igreja da Argélia. Assim, os Bispos argelinos Dom Paul Desfarges, Dom Jean Paul Vesco e Dom Claude Rault definem Charles de Foucauld, em uma carta divulgada por ocasião centenário de sua morte. A ele está sendo dedicado um ano de celebrações, em concomitância com o Jubileu da Misericórdia. As celebrações tiveram início em 4 de dezembro do ano passado e se concluirão em 1º de dezembro.

Imitando Jesus, dedicou-se ao "apostolado da bondade" para ser "irmão universal"

"Fez-se tudo para todos", escrevem os bispos numa carta, ao recordar os acontecimentos que levaram Charles a dedicar-se ao "apostolado da bondade" na Argélia, acima de qualquer proselitismo. "Levou uma vida marcada pela imitação de Jesus de Nazaré, pela oração e pela preocupação com os pobres, observam os prelados. O seu desejo era o de ser o "irmão universal", a exemplo de Jesus, aberto à acolhida de todos, independente da condição social, religiosa ou étnica".

Proclamado Beato em 13 de novembro de 2005, Charles de Foucauld foi citado pelo Papa Francisco durante a vigília de oração pelo Sínodo dos Bispos sobre a Família, como aquele que compreendeu "que não se cresce no amor de Deus, evitando a serventia das relações humanas. Porque é amando os outros que se aprende a amar a Deus; é inclinando-se sobre o próximo que nos elevamos para Deus. Através da aproximação fraterna e solidária aos mais pobres e abandonados, ele compreendeu que, afinal, são precisamente eles que nos evangelizam a nós, ajudando-nos a crescer em humanidade".

Testemunha da misericórdia de Deus

Durante o ano a ele dedicado nas quatro dioceses argelinas, diversas iniciativas recordarão a sua memória, procurando mostrar melhor a sua vida e o seu testemunho. Uma mostra permanecerá aberta durante todo o ano na Igreja de El Meniaa, próxima ao cemitério em que o "irmão Charles" foi sepultado. Uma exposição itinerante, por outro lado, visitará diversas localidades.

"Superou as barreiras da pertença religiosa, fez-se homem de todos - concluem os bispos na sua carta. Também dedicou um cuidado particular ao estudo da língua para entrar melhor em relação com as pessoas ao seu redor. Procurou de todos os modos responder todos os desafios de seu tempo. O seguiremos neste árduo caminho de imitação de Jesus, como um dos testemunhos por excelência da misericórdia de Deus, acima de qualquer fronteira?, questionam os prelados. (JE)








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