Os mais pobres no circo, à convite do Papa


Cidade do Vaticano (RV) – Cerca de dois mil pobres e imigrantes de Roma assistiram  na quinta-feira, (14/01), a um espetáculo circense a convite do Papa Francisco. Muitos eram moradores de rua e, entre eles, estava o espanhol Roberto Carlos, 36 anos, que ganha a vida nas ruas romanas tocando o seu violão, o único objeto que nunca vendeu – mesmo quando ficou desprovido de tudo.

Foi ele que abriu o espetáculo, com uma canção intitulada “Francisco é universal”. Entrevistado pela agência EFE, declarou, convido, que gostaria que o Papa a ouvisse. 

Sua apresentação foi recebida com aplausos do público. Ele começou com a frase “Os últimos serão os primeiros, não percamos a fé”. Para o compositor, a mensagem da canção é clara: “descrever um Papa que é uma boa pessoa com os pobres, que não marginaliza, que nos quer bem e nos ajuda como se fosse um pai ou um vovô”. 

Depois dos serviços básicos, a diversão

A tarde no circo foi promovida pela Esmolaria Apostólica, encarregada de realizar as obras de caridade do Pontífice, em conjunto com o circo Rony Roller. Os convidados chegaram ao circo em ônibus e automóveis da frota do Vaticano, acompanhados por padres, bispos e cardeais. 

Esta nova ideia para os moradores de rua que vivem nos arredores do Vaticano segue a oferta de serviços como barbeiros, refeitório, duchas e leitos para se refugiar do frio romano.  

Assistência aos deficientes e consultas médicas

Acompanhados pelo Esmoleiro, o jovem bispo polonês Konrad Krajewski, e assistidos por uma equipe de voluntários da Unitalsi – para ajudar os portadores de deficiência – os convidados receberam também consultas médicas especializadas. 

Foi grande a emoção também entre os artistas circenses. Para Tony Vassallo, artista e membro da família dona do circo, “graças à sensibilidade do Papa Francisco, é uma honra nos exibir para seus 2 mil convidados pobres. Não é a primeira vez que fazemos espetáculos por razões humanitárias, mas cada vez é uma nova emoção que nos satisfaz e nos enriquece na alma”. Já Daniela Vassallo lembrou que, como os indigentes, a gente do circo também costuma ser marginalizada pela sociedade. "Sabemos quem são pessoas às quais podemos falar, que recebem a mensagem. Entram hesitantes e vão embora com um sorriso".

(CM)








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