6.000 Migrantes e refugiados com o Papa no Angelus


Roma (RV) –  A Igreja italiana respondeu positivamente ao apelo do Papa Francisco lançado em 6 de setembro de 2014, para que dioceses, paróquias, comunidades, mosteiros e santuários acolhessem refugiados. Atualmente já são 27 mil, dos quais cinco mil estão em paróquias. Os números foram fornecidos pelo Diretor Geral da “Migrantes”, Mons. Giancarlo Perego, durante a apresentação das iniciativas da Igreja Católica para o Dia Mundial dos Migrantes e dos Refugiados, a ser celebrado no próximo domingo, 17. Não obstante isto, a acolhida às ondas de refugiados ainda é precária.

Migrantes e refugiados no Angelus com o Papa

Em vistas da celebração no próximo domingo, mais de 6 mil migrantes e refugiados provenientes de 17 Dioceses do Lácio,  de pelo menos 30 nacionalidades, estarão na Praça São Pedro para o Angelus com o Papa.  Depois do tradicional encontro dominical na Praça São Pedro, os migrantes atravessarão a Porta Santa da Basílica, onde será celebrada uma Missa presidida pelo Cardeal Antonio Maria Vegliò, Presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Refugiados. Aos pés do altar estará a Cruz de Lampedusa, para recordar a viagem dramática de muitos pessoas que pedem asilo. As hóstias a serem distribuídas durante a Comunhão foram confeccionadas pelos detentos da Prisão de Opera, de Milão.

Acolhida aos migrantes e refugiados ainda é precária

Para a Migrantes, a acolhida não é a atitude que prevalece neste momento histórico. “Cresce o medo – observa Mons. Perego – crescem os riscos não somente de se levantar muros, como forma de protecionismo, de limitações ao welfare para os migrantes, mas também de choques e conflitos sociais na Europa”. Mesmo na Itália “a acolhida permanece ainda em uma situação de forte precariedade, quer nos portos de chegada como em muitos centros de primeira acolhida”.

Diminuição na concessão de asilos

A Migrantes estima que na Itália, neste momento, num universo de 153 mil pessoas desembarcadas em 2015, permanecem nas diversas estruturas 103.792. E se os pedidos de asilo aumentaram – 83 mil em 2015 em relação aos 65 mil de 2014 – a  resposta positiva a estes diminuiu de 60% em 2014 a 42% em 2015. Um dos motivos, segundo Perego, deve ser individuado na “consideração de um direito à tutela internacional a partir do país de proveniência”, enquanto, pelo contrário, “este direito é pessoal. Temos assistido a expulsões também em grupo, sem ler o histórico da pessoa, e isto não está de acordo com um estado de direito”.

São pessoas, não são números

“A Europa deve oferecer acolhida e integração. Por trás do fenômeno migratório – disse por sua vez o Bispo Auxiliar de Roma e Presidente da Migrates e da Comissão Episcopal para as Migrações, Dom Guerino Di Tora – não existem números, mas pessoas, seres humanos”. Por este motivo, a mensagem para o Dia que se celebra no domingo é “Em caminho com os migrantes: gestos de acolhida e de misericórdia”. (JE/Ansa)

 

 








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