Também Emirados, Barein e Sudão rompem relações com o Irã


Cidade do Vaticano (RV) - Outros três países de maioria sunita romperam relações diplomáticas com o Irã: trata-se do último desenvolvimento das crescentes tensões entre a Arábia Saudita e o Irã, depois da execução no sábado, em Riad, do Imã xiita Nimr al Nimr e, em Teerã, ter sido saqueada a embaixada da Arábia Saudita. A Rússia e os EUA disseram estar prontos para mediar e resolver a crise.

Enquanto prosseguem os protestos populares em Teerã contra a Arábia Saudita, outros dois países de maioria sunita, Emirados Árabes, Barein e Sudão, decidiram seguir o exemplo da Arábia Saudita e romper as relações diplomáticas com Teerã. Barein ordenou aos diplomatas iranianos deixarem o país dentro de 48 horas, e esta sua posição provavelmente será seguida por outras monarquias sunitas do Golfo, aumentando ainda mais a tensão entre as duas grandes famílias do Islã: a sunita e a xiita. Os Emirados Árabes, todavia, tomaram uma medida menos drástica reduzindo o nível das relações diplomáticas e os funcionários da sua embaixada que caracteriza o início do rompimento das relações.

EUA e Rússia

Entretanto, para tentar uma mediação entre o Irã e a Arábia Saudita, que interromperam também suas conexões aéreas, entram em campo os EUA e a Rússia: Moscou disse que está pronta para sediar um encontro entre os chefes das diplomacias da Arábia Saudita e do Irã.

Os Estados Unidos pediram aos dois países para "deterem a escalada de tensão", "mostrarem moderação e não inflamarem ainda mais a situação na região", e o Secretário de Estado John Kerry já manteve um colóquio com os ministros das Relações Exteriores do Irã e da Arábia Saudita.

Por sua vez, Al-Azhar, a mais alta autoridade religiosa sunita com sede no Cairo, pediu "para que não interfiram nos assuntos internos do Arábia Saudita".

A Liga Árabe anunciou que vai realizar uma reunião de emergência no próximo domingo sobre a crise entre os dois países, em particular sobre as agressões cometidas por uma multidão na República Islâmica do Irã contra representações diplomáticas em Riad, ataques condenados pelo Conselho de Segurança da ONU. Já o enviado da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, anunciou que viajará a Riad e, em seguida, a Teerã para tentar diminuir a tensão entre as duas capitais. (SP)








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