O ex-presidente da República de Moçambique, Joaquim Chissano, diz que a quadra festiva deve ser um momento de reflexão sobre a unidade nacional e os valores da paz no país.
O antigo estadista considera que o facto de os moçambicanos unirem-se e celebrarem a quadra festiva juntos, mesmo com a diferença de religiões e crenças, é um sinal inequívoco de tolerância.
“Temos que trabalhar para a Paz...”
Chissano, que falava há dias à margem da doação de diversos produtos a uma instituição de caridade por parte da sua fundação (Fundação Joaquim Chissano), apelou ainda à sociedade a preservar a paz.
“Estamos muito satisfeitos por notarmos que nós, moçambicanos, felicitamo-nos mesmo sendo de religiões diferentes quando há um dia como o Natal e o Eid entre outros que, para cada religião, são sagrados. Isto faz com que as famílias moçambicanas sejam unas e capazes de sustentar a unidade nacional e trabalhar para a paz e para o desenvolvimento em prol de todos”, disse Chissano.
O Chefe da diplomacia moçambicana afirma que 2015 foi um ano complicado
Entretanto, o ministro moçambicano dos Negócios e Cooperação considera que 2015 foi um ano em que a vontade política para manter a paz esteve presente, mas faltou transformar as vontades em acções concretas.
Oldemiro Balói, que falava recentemente à margem do brinde oferecido pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, por ocasião do fim do ano, afirmou que “é preciso que haja arte e engenho que transforma essa vontade política em realizações”.
Balói caracteriza o ano prestes a findar como “complicado” e explica que o primeiro dos factos negativos foram as cheias que afectaram mais de 144 mil pessoas e arrasaram acima de 13 mil casas e tensão político-militar no país.
Hermínio José, Maputo.
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