Santa Sé sobre a crise no Burundi: agir imediatamente para reconstruir a paz


Genebra (RV) - A dramática situação no Burundi, desencadeada pelos protestos por causa da terceira candidatura presidencial de Pierre Nkurunziza, está no centro da recente declaração de Dom Tomasi, Observador Permanente da Santa Sé na ONU em Genebra.

Agir imediatamente para reconstruir a paz: este é o coração do comunicado divulgado no último dia 17 de dezembro por Dom Silvano Maria Tomasi, Observador Permanente da Santa Sé na ONU em Genebra, para a sessão especial do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, dedicada à crise no Burundi. Há muitos meses, de fato, o país africano é devastado pelos protestos populares contra a reeleição, pela terceira vez consecutiva, do presidente Nkurunziza, apesar do limite de dois mandatos sancionado em 2000 no Acordo de Arusha que pôs fim a 12 anos guerra civil. Nos confrontos entre militares e civis, foram registradas muitas vítimas.

Acabar com a violência, promover a paz e restaurar a democracia

Diante de tal crise e dos "obstáculos" que impedem "o exercício dos direitos humanos no país", Dom Tomasi espera que o Conselho da ONU possa "agir imediatamente" para "implementar esforços internacionais que garantam o fim da violência desenfreada e evitem o contrabando de armas". O prelado também pediu "a promoção de tentativas eficazes, objetivos, abertos e transparentes a favor da reconciliação, do diálogo e da construção da paz", junto com uma "mediação imparcial do conflito, para restabelecer os processos democráticos inclusivos de todos os setores da população". Necessária, também - sublinha o Observador Permanente - "a construção das condições que permitam a segurança e o retorno espontâneo dos refugiados" burundineses a casa.

Busca do bem comum, o objetivo primordial

Finalmente, o prelado recorda o que foi dito pelo Papa Francisco na África, em particular, em seu discurso, em 25 de novembro último, às autoridades do Quênia: "Na obra de construção de uma sólida ordem democrática, o reforço da coesão e da integração, da tolerância e do respeito pelos outros, a busca do bem comum deve ser a meta principal. A experiência mostra que a violência, o conflito e o terrorismo se alimentam com o medo, a desconfiança e o desespero, que nascem da pobreza e da frustração". (SP)








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