Curso de Iniciação à Missão: italianos inscritos caem 88% no Brasil


Cidade do Vaticano (RV) - O número de missionários italianos que chegam ao Brasil para formação missionária caiu 88,5% em praticamente uma década. Os dados são do Centro de Formação Intercultural (Cenfi), ligado ao Centro Cultural Missionário (CCM), da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

Em entrevista à Rádio Vaticano, o secretário-executivo do CCM, Padre Stefano Raschietti, relatou que o Curso de Iniciação à Missão no Brasil registrou em 2010 apenas quatro missionários inscritos contra 35 em 2011. Para ele, a redução está relacionada a questões vocacionais e ao crescimento de clérigos e religiosos no Brasil.

“A própria igreja no Brasil assumiu muitas obras, não precisando tanto de missionários estrangeiros como na década passada”, explicou ele, ressaltando que “as congregações religiosas tiveram de fazer um rodízio com o pessoal ou investir muito mais na interculturalidade.”

Outras nacionalidades

De acordo com ele, além de italianos, o Curso de Iniciação à Missão no Brasil também recebe missionários de países africanos, asiáticos e latino-americanos. “Mais ou menos, os missionários estrangeiros que vêm ao Brasil têm essa conotação.”

“Nós temos um departamento que cuida dos vistos de permanência no Brasil e também dos brasileiros que vão ao exterior. Portanto, temos uma ideia mais ou menos da quantidade de missionários estrangeiros que entraram e saíram do Brasil”, disse o padre.

Estrutura do CCM

Sobre o CCM, o padre explicou que o Centro é dividido em três departamentos: o Centro de Animação e Estudos Missionários (Caem), responsável pelos cursos de formação missionária; o Ceinf, que dá suporte aos estrangeiros sobre os elementos das culturas brasileiras; e Serviço de Colaboração Apostólica Internacional (Scai), que auxilia os estrangeiros e os brasileiros missionários em relação às documentações necessárias para atuar no país ou no exterior.

Missionários Xaverianos

Membro dos Missionários Xaverianos, Padre Raschietti está no Brasil desde 1990 e, para ele, é natural ser enviado como missionário a outros países. 

“Há vários anos me dedico à animação e formação missionária. Acredito que o Brasil está vivendo essa passagem, de precisar de missionários no campo e na atividade direta, ou de produzir missionários tanto para si como para o resto do mundo”, ressaltou. (PS)








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