Abertura da Porta Santa em Assis: misericórdia entre as religiões


Assis (RV) – O Jubileu da Misericórdia tem início em Assis na tarde deste domingo com a abertura da Porta Santa na Catedral de São Rufino, pelo Bispo Dom Domenico Sorrentino. Em 20 de dezembro, por sua vez, serão abertas as Portas Santas das Basílicas de São Francisco e Santa Maria dos Anjos. A este respeito a Rádio Vaticano conversou com o Bispo de Assis, Dom Domenico Sorrentino:

“Em Assis, a experiência de Francisco trouxe um particular acento à misericórdia e isto também no seu caminho pessoal. É ele mesmo que o narra, quando recorda no testamento que a sua conversão ocorre entre os leprosos. E depois porque, iniciado no caminho da santidade, ele quer propagar a misericórdia de Deus pedindo a especial indulgência para a Porciúncula, conhecida como “Perdão de Assis””.

RV: Quando se olha para o calendário, pode-se constatar que existem diversos dias dedicados a amplos setores da sociedade civil, como por exemplo aos escrivães católicos, aos médicos, às forças armadas... Ou seja, o conceito de misericórdia a ser entendido também pelos leigos?

“Para todos nós. É um conceito fundamental da vida cristã. Existe também uma misericórdia a ser exercida também a nível social e político que possa inspirara as leis, os comportamentos, a própria maneira em como se relaciona entre os povos. Não é por acaso que o Papa, na sua Bula de convocação, recorda uma misericórdia a ser vivida até mesmo na relação entre as religiões. E hoje vemos o quanto isto é urgente”.

RV: O senhor falou de religiões. Também será recordado o encontro inter-religioso de João Paulo II. O que acontecerá em Assis, portanto, em 2016?

“Recordaremos o 30º aniversário deste encontro, que deu uma grande reviravolta ou pelo menos um grande impulso ao diálogo inter-religioso, mas também ao compromisso comum, ao compromisso orante e à colaboração entre as religiões para a paz. Haverá uma particular celebração: normalmente fazemos em Assis uma comemoração a cada ano, mas no ano vindouro uniremos as forças também com a comunidade Santo Egídio, que leva para diversas nações do mundo este espírito de Assis, e faremos juntos uma grande comemoração em setembro, com a participação não somente da Santo Egídio, mas também de outras realidades eclesiais. A este respeito também advertimos o Santo Padre: nós desejamos que, de uma forma ou de outra, em algum momento deste Ano da Misericórdia, ele possa dar também uma atenção especial a esta cidade, que certamente está em seu coração pelo fato de ser a cidade de São Francisco, de quem pegou o nome”. (JE)








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