2015-12-07 15:50:00

Semana do Papa de 30 de novembro a 6 de dezembro


Balanço da Viagem a África

No início da semana passada foi ainda a Viagem Apostólica a África a dominar as atenções. O padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé fez um balanço da visita ao Quénia, Uganda e República Centro Africana em entrevista concedida ao nosso colega da redação italiana da RV, Alessandro Gisotti. Eis um excerto das declarações do padre Lombardi:

“O Papa estava perfeitamente à vontade e diria que também os africanos estavam perfeitamente à sua vontade em encontrar e receber o Papa. Havia um desejo intensíssimo de ambas as partes de se encontraram. O Papa fala sempre do encontro: e foi um belo encontro, entre o Papa e a África! Naturalmente, a África, para todos nós e para a realidade do mundo de hoje, é um pouco uma periferia do ponto de vista do poder no mundo de hoje e, portanto, o Papa queria, particularmente, ir à África e também num país como o Centro Africano que está entre os mais ‘desastrados’ da África de hoje, para demonstrar a sua atenção a este inteiro continente e aos países que sofrem de diversos aspetos de pobreza, de doenças, de marginalização, de dificuldade em encontrar o seu caminho para o futuro na plena dignidade da pessoa.”

O padre Lombardi falou também do modo de comunicar do Papa Francisco – em diálogo espontâneo:

“Isto compreendemos desde o início do pontificado – que é o seu modo de comunicar. Ele ama muito este modo espontâneo, este modo dialógico, este modo envolvente, fazendo também responder e falar as pessoas presentes em modo tal que se sinta e se veja que são parte ativa de um processo de diálogo e de empenho. Isto já tinha acontecido também na Ásia. Eu tinha ficado tocado pelo facto de que, precisamente, nas primeiras viagens na Ásia, em que o Papa andava numa cultura extremamente diferente e com dificuldade de uso da língua dos presentes, e, portanto, com a necessidade de um tradutor, mas este modo de comunicar tinha funcionado perfeitamente. Portanto, vê-se que o carisma de comunicação espontânea, de gesto e de expressão total que o Papa tem consegue superar também as diferenças linguísticas. Se isto funcionou em Ásia, funcionou também, perfeitamente em África, onde vemos evidentemente também a disponibilidade dos jovens no seu entusiasmo a serem envolvidos. As ocasiões clássicas em que o Papa prefere a via do diálogo são os encontros com os jovens e também os encontros com o clero e os religiosos, ou seja, quando se encontra perante uma audiência com a qual se sente mais espontaneamente levado a estar em diálogo.”

Paz, testemunho e desenvolvimento

Na quarta-feira, dia 2 de dezembro, na audiência geral na Praça de S. Pedro, o Papa Francisco, na sua catequese, falou sobre a sua recente viagem apostólica ao continente africano sublinhando a paz o testemunho e o desenvolvimento.

O Papa Francisco começou a sua catequese dizendo que na sua primeira Viagem Apostólica à África, começou por visitar o Quénia sob o lema “Sede firmes na fé, não tenhais medo”. O Santo Padre considerou ser o Quénia, um país que espelha bem o desafio global da nossa época: tutelar a criação através da reforma do modelo de desenvolvimento, para que seja justo, inclusivo e sustentável, tratando bem as riquezas naturais e espirituais dos povos.

Entretanto, no Uganda, afirmou o Papa, por ocasião do cinquentenário da canonização dos seus mártires e sob a inspiração das palavras do Senhor ressuscitado ‘sereis minhas testemunhas’, “quis unir-me a todos aqueles que não se cansam de dar um testemunho animados pelo Espírito Santo: os catequistas, aqueles que se dedicam ao serviço da caridade, a juventude, os consagrados e sacerdotes” – sublinhou o Santo Padre.

Finalmente, na República Centro-Africana, disse o Papa, “tive a alegria de abrir, uma semana antes, a Porta Santa do Jubileu da Misericórdia como sinal de esperança para aquele povo e para toda a África, que é convidada pelo Senhor a “passar à outra margem”: a margem da reconciliação, da paz e do progresso” – salientou o Papa.

Preparativos para o Jubileu

Entretanto, esta semana foi marcada pelos preparativos para o Jubileu da Misericórdia que se inicia nesta terça-feira dia 8 de dezembro tendo sido apresentado o Evangeliário da Misericórdia. Trata-se do livro com os textos dos Evangelhos para o Jubileu da Misericórdia, ilustrados por mosaicos do padre jesuíta, Marko Rupnik.

Na sexta-feira dia 4 de dezembro foi apresentado em conferência de imprensa o desenvolvimento do Ano Santo da Misericórdia por D. Rino Fisichella, Presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização. Destaque para os missionários da Misericórdia e as audiências gerais extra ao sábado, uma em cada mês, em que o Papa marca encontro com os milhões de peregrinos esperados na Cidade Eterna para o Jubileu.

Neste domingo dia 6, durante a oração do Angelus, o Papa Francisco afirmou que não devemos nunca parar de nos convertermos e que “o Ano Santo da Misericórdia servirá para ir em frente no caminho da salvação, o caminho que nos ensinou Jesus”.

E com o Angelus deste domingo terminamos esta síntese das principais atividades do Santo Padre que foram notícia de 30 de novembro a 6 de dezembro. Esta rubrica regressa na próxima semana sempre aqui na RV em língua portuguesa.

(RS)








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