Levar Evangelho a todos está no princípio - Card. A. Furtado

Decorreu de 30 de Novembro a 3 de Dezembro, no Vaticano, a Assembleia Plenária da Congregação para a Evangelhização dos Povos. Uma Assembleia que coincidiu com o 50º aniversário da publicação do Decreto conciliar "Ad Gentes", sobre a missão evangelizadora da Igreja. 

Em entrevista à Rádio Vaticano, o Cardeal Arlindo Furtado, membro dessa Congregação, disse que foi uma partilha de alegrias, esperanças e desafio, o que permitiu tomar o pulso da situação da Igreja no mundo. Por um lado, os chamados países de missão (que representam cerca de dois terços da Igreja católica) com a questão da auto-suficiência em termos de missionação e em termos materiais. E, por outro, o facto de países, onde a evangelização já se encontrava bastante consolidada, estarem agora a braços com a falta de vocações e, portanto, a requerer a colaboração das regiões tradicionalmente consideradas de missão. 

Essa Assembleia, cujo objectivo era avaliar e projectar a tarefa da evangelização no futuro, lançou um olhar a todas estas situações e, no que toca à África, por exemplo, recomendou-se a criação de seminários nacionais onde seminaristas de várias origens étnicas possam aprender a viver juntos por forma a ultrapassar o tribalismo que afecta não só a sociedade como a Igreja no continente. 

De forma geral, ficou-se com a ideia, segundo D. Arlindo, de que a missão de levar o Evangelho a todos está, não obstante o tempo e os meios de comunicação à disposição, no início. 

Oiça as palavras do Cardeal, que estabelece também uma ligação entre Missão ad Gentes e Jubileu da Misericórdia e fala de algumas promessas que leva da parte da Congregação para a Evangelização dos Povos, sobretudo no campo da formação, para Cabo Verde.