2015-12-02 14:57:00

P. Lombardi: Papa em África – balanço de uma visita


Sobre a 11ª Viagem Apostólica deste pontificado que o Papa Francisco realizou ao continente africano, o padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, fez um balanço da visita ao Quénia, Uganda e República Centro Africana. A reportagem é do nosso colega da redação italiana da RV, Alessandro Gisotti. Eis um excerto das suas declarações:

“O Papa estava perfeitamente à vontade e diria que também os africanos estavam perfeitamente à sua vontade em encontrar e receber o Papa. Havia um desejo intensíssimo de ambas as partes de se encontraram. O Papa fala sempre do encontro: e foi um belo encontro, entre o Papa e a África! Naturalmente, a África, para todos nós e para a realidade do mundo de hoje, é um pouco uma periferia do ponto de vista do poder no mundo de hoje e, portanto, o Papa queria, particularmente, ir à África e também num país como o Centro Africano que está entre os mais ‘desastrados’ da África de hoje, para demonstrar a sua atenção a este inteiro continente e aos países que sofrem de diversos aspetos de pobreza, de doenças, de marginalização, de dificuldade em encontrar o seu caminho para o futuro na plena dignidade da pessoa.”

O padre Lombardi falou também do modo de comunicar do Papa Francisco – em diálogo espontâneo:

“Isto compreendemos desde o início do pontificado – que é o seu modo de comunicar. Ele ama muito este modo espontâneo, este modo dialógico, este modo envolvente, fazendo também responder e falar as pessoas presentes em modo tal que se sinta e se veja que são parte ativa de um processo de diálogo e de empenho. Isto já tinha acontecido também na Ásia. Eu tinha ficado tocado pelo facto de que, precisamente, nas primeiras viagens na Ásia, em que o Papa andava numa cultura extremamente diferente e com dificuldade de uso da língua dos presentes, e, portanto, com a necessidade de um tradutor, mas este modo de comunicar tinha funcionado perfeitamente. Portanto, vê-se que o carisma de comunicação espontânea, de gesto e de expressão total que o Papa tem consegue superar também as diferenças linguísticas. Se isto funcionou em Ásia, funcionou também, perfeitamente em África, onde vemos evidentemente também a disponibilidade dos jovens no seu entusiasmo a serem envolvidos. As ocasiões clássicas em que o Papa prefere a via do diálogo são os encontros com os jovens e também os encontros com o clero e os religiosos, ou seja, quando se encontra perante uma audiência com a qual se sente mais espontaneamente levado a estar em diálogo.”

(RS)








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