Editorial: Francisco em Campala e Bangui


Cidade do Vaticano (RV) - A permanência de Francisco em terras quenianas no âmbito da sua 11ª Viagem Apostólica terminará na tarde desta sexta-feira, 27 de novembro, quando o voo papal aterrissar no aeroporto de Entebbe, em Uganda. Dois dias e, em seguida, a última parte da visita a Bangui, na República Centro-Africana. Alguns dos momentos salientes que caracterizam estas duas etapas.

A Porta Santa aberta antes do tempo, quase uma via preferencial para que o dom da Misericórdia atraia a promessa de paz. Como em todas as viagens apostólicas, os meios de comunicação identificam o evento catalisador, que vai se tornar o ícone a ser conservado na memória e a ser perpetuado no futuro. Um destes momentos-foco será, certamente, a abertura da Porta Santa da Catedral de Bangui, capital da martirizada República Centro-Africana. O início, “de fato”, do Jubileu que no resto do mundo será inaugurado no dia da Imaculada, 8 de dezembro. Uma porta que deixa filtrar a luz da esperança sobre os escombros que há anos se acumulam em um país que não consegue encontrar a chave da harmonia interna.

Os mártires de Uganda

Francisco vai pousar entre os “seus” pobres, em um aeroporto mais acostumado a ser um acampamento de refugiados do que aeroporto internacional, com as suas faixas de asfalto empoeiradas de terra vermelha e repleto de pessoas apegadas à vida. “Venho trazer a paz”, repetiu o Papa nestes dias, uma mensagem que certamente fará eco durante a sua curta estada na República Centro-Africana.

Em Campala, Uganda, cada passo de Francisco será nas pegadas dos Mártires do país, um antigo germe cristão que brotou nas cabeceiras do Rio Nilo, que, como as águas do grande rio, produziu em 130 anos um lodo fértil da presença eclesial, não só no país liderado por Museveni, mas também nos Estados vizinhos, onde o sacrifício de Carlo Lwanga e seus companheiros deixou um testemunho que atravessa gerações.

Paz ao longo do Equador

Para o Papa Francisco, uma viagem ao longo da linha do Equador, recordando Paulo VI e especialmente João Paulo II, o Papa “africano”, tendo no coração e nos lábios um apelo ao valor da paz que nem mesmo no Velho Continente está garantido. (SP)








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