Parolin: “Deter o agressor, mas trabalhar pelo diálogo”


Cidade do Vaticano (RV) - Sobre os trágicos atentados de Paris falou o Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin, à margem do encontro organizado em Roma pela Obra Romana Peregrinações sobre a Misericórdia nas três grandes religiões monoteístas.

O Secretário de Estado do Vaticano Pietro Parolin reiterou a condenação aos ataques de Paris, definidos dilacerantes e para além de toda a compreensão humana e fez votos de uma mobilização geral da comunidade internacional através de “todos os meios de segurança necessários” para se defender do terrorismo:

“A Santa Sé afirma, como fez também o Papa Francisco várias vezes, a legitimidade de deter o injusto agressor. Depois, sobre as modalidades é a comunidade internacional que deve estar de acordo e encontrar maneiras de fazer isso. Um Estado tem o dever de defender seus cidadãos contra esses ataques e, ao mesmo tempo, no entanto, continuar a trabalhar, para que realmente se crie um clima de entendimento, diálogo e compreensão. Eu acredito nisto. Talvez não sejam soluções imediatas, mas são as únicas que lançam as bases para um mundo reconciliado e um mundo pacífico”.

Nenhuma interrupção nos preparativos para o Jubileu embora depois de Paris “todos nós nos sentimos mais ameaçados”:

“Até agora eu não vi nenhuma mudança. Certamente, depois do que aconteceu em Paris, eu acho que não há ninguém que possa se sentir completamente tranquilo, nem mesmo o Vaticano. No entanto, mesmo levando em consideração esta ameaça, esse perigo, devemos enfrentá-lo. Eu acho que o importante é não sucumbir ao medo nesses casos”.

O Jubileu, disse em uma entrevista ao jornal católico La Croix, pode ser um evento aberto também aos seguidores do Islã, e uma oportunidade para o diálogo inter-religioso através do denominador comum da Misericórdia:

“Sim, uma das atribuições a Deus também por parte dos muçulmanos, é o de Deus misericordioso, então eu acho que pode ser um ponto de contato com a visão cristã da vida e eu creio de fato que há também muitos muçulmanos que rejeitam este tipo de violência. Eu mencionei o nome de Deus, porque o nome de Deus é Misericórdia e a Misericórdia se manifesta com a paz e a bondade para com as pessoas, não certamente com a violência”.

Inalterada a agenda do Papa Francisco, que no próximo dia 25 de novembro parte para o Quênia, Uganda e República Centro-Africana:

“As três etapas permanecem. A última será analisada com base na situação local”. (SP)








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