Série de ataques coordenados terroristas em Paris


Paris (RV) - Uma série de ataques coordenados deixou pelo menos 120 mortos na noite desta sexta-feira em Paris, inclusive um massacre durante um show de rock, um atentado suicida perto do Estádio de France e tiroteios em bares e restaurantes no centro da cidade.

Os atentados, cometidos quase simultaneamente a partir das 21h20 (18h20 de Brasília), também deixaram 200 feridos, 80 deles em estado grave.

Oito criminosos morreram nos ataques e, segundo o procurador-geral de Paris, François Molins, cúmplices ou coautores dos ataques podem ter fugido.

Pelo menos 82 pessoas morreram no teatro de Bataclan, lotada com quase 1.500 espectadores quando os terroristas invadiram o local durante a apresentação do grupo americano “Eagles of Death Metal”.

“Dois ou três indivíduos, com o rosto descoberto, entraram com armas automáticas tipo kalashnikov e começaram a atirar aleatoriamente contra o público", - relatou um apresentador da rádio Europa 1, Julien Pearce, que estava no local - Isso durou uns 15 minutos. Foi extremamente violento e houve uma onda de pânico".

Outra testemunha afirmou à emissora “France Info” que um dos atiradores gritava "Alah Akbar" (“Deus é grande”) antes de abrir fogo.

Os autores do ataque citaram a intervenção da França na Síria para justificar as ações: "Eu ouvi quando eles falaram claramente aos reféns: 'A culpa é de Hollande, a culpa é do seu Presidente, que não tem motivo para intervir na Síria'", declarou à AFP, Pierre Janaszak, de 35 anos, que estava no Bataclan.

Após a meia-noite, as forças de segurança francesas entraram no local e a operação terminou com a morte dos quatro criminosos, três deles com detonação dos explosivos que traziam em torna da cintura. Estes foram os primeiros atentados suicidas na história recente do país.

O massacre aconteceu no dia em que a França determinou o restabelecimento, durante um mês, dos controles nas fronteiras por ocasião da Conferência da ONU sobre o Clima (COP21), que acontecerá de 30 de novembro a 11 de dezembro em Paris.

A capital francesa já havia sido cenário, em janeiro passado, de atentados jihadistas contra a revista satírica “Charlie Hebdo” e um supermercado “Kosher”, causando 17 vítimas.

O Presidente Hollande cancelou sua viagem à Turquia, onde, amanhã, domingo, deveria participar da reunião de cúpula do G20.

A França participa há dois anos na coalizão antijihadista que luta contra o grupo Estado Islâmico (EI) no Iraque e, em outubro, estendeu os bombardeios aéreos à Síria, país em guerra desde 2011. Desde 2014, o EI controla uma ampla faixa de território entre os dois países. (MT)

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