Seminário no Vaticano: "Criar uma sociedade através da educação inclusiva"


Cidade do Vaticano (RV) – Realiza-se, a partir da desta sexta-feira (13/11), na sede da Pontifícia Academia das Ciências, na Casina São Pio IV, no Vaticano, um Seminário de três dias sobre o tema: “Crianças e desenvolvimento sustentável: um desafio à educação". Tomam parte dos trabalhos peritos e estudiosos de diversos países do mundo.

O objetivo do encontro é criar uma sociedade, através da educação inclusiva, onde todos possam ter recursos para desenvolver uma vida em harmonia com as suas culturas e crenças, com valores universais e respeito pelo meio ambiente.

As crianças devem desenvolver uma atitude aberta para o outro, sem perder a riqueza da sua diversidade, para uma maior integração na sociedade. Assim, poderão participar ativamente no espaço comunitário, expressar suas relações com consciência cívica e valorizar a cooperação e solidariedade, em todas as formas.

Os participantes oferecem uma melhor compreensão do desenvolvimento das crianças, desde o nascimento, as habilidades cognitivas e a capacidade de raciocinar.

Nota-se que, em muitos países, a "educação para o desenvolvimento sustentável" está se tornando parte da agenda de líderes e autoridades. Tendo em conta que a ciência desempenha um papel chave na aceitação e compreensão das questões de educação das crianças e adolescentes (e seus pais), a Pontifícia Academia das Ciências propôs este Seminário, no âmbito da educação em geral segundo os objetivos das Nações Unidas para o período de 2000 a 2015.

Tais objetivos ainda não foram atingidos, embora tenham mostrado alguns progressos em várias partes do mundo, inclusive na África e Ásia. Contudo, os progressos na educação científica são mais lentos, apesar dos esforços da Academia das Ciências, da UNESCO e de outras instituições privadas.

O número de crianças mal educadas está aumentando, devido à migração de inteiros povos, o desenraizamento urbano e a pobreza, as guerras, as condições de trabalho escravo, os refugiados e as mudanças no mercado de trabalho dos migrantes.

Em muitos países, especialmente naqueles em desenvolvimento, alguns movimentos parecem questionarem a capacidade dos cientistas sobre a verdade dos fenômenos naturais, que demonstram uma compreensão limitada da natureza do raciocínio científico e a falta de confiança nas instituições.

Em outros países, os pais e certas agências oficiais, com base em princípios religiosos, se opõem à evidência científica, que vão em detrimento das crianças. Em ambos os casos, a falta de uma compreensão da natureza da ciência, por parte do público em geral, é clara: não é transmitida em um ambiente educacional adequado.

As crianças de hoje serão os adultos de amanhã, que enfrentarão as consequências das ações ou inações dos nossos dias. A educação deve ser transmissora de esperança e não de desespero ou de perspectivas de desencorajamento. A esperança e a confiança em todas as capacidades humanas devem ser construídas em conhecimentos sólidos e ancorado profundamente em uma mensagem de natureza espiritual.

Enfim, a Encíclica de Papa Francisco “Laudato Si” faz um apelo à "educação e espiritualidade ecológica", como também à urgência dos problemas do clima, desenvolvimento, sustentabilidade, pobreza, desigualdades e condições sociais desumanas.

No final do Seminário sobre “Crianças e desenvolvimento sustentável: um desafio à educação" os participantes estabelecerão diretrizes para uma ação comum. (MT)








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