Bispos portugueses debatem instabilidade política no país

Lisboa (RV) – Concluiu-se, nesta quinta-feira (12/11), em Fátima, Portugal, a Assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, que, desde a última segunda-feira (09/11), se dedicou, de modo particular, ao tema sobre a situação política do país.

Os Bispos portugueses destacaram que "perigos, excessos, particularismos exagerados existem sempre e, por isso, é preciso evitá-los, tendo em vista uma visão mais alargada das questões, uma maior serenidade nos debates”.

Em seu discurso conclusivo, o Cardeal-patriarca de Lisboa, Dom Manuel Clemente, falou da queda do Governo e da consequente instabilidade política do país. O momento atual – disse - é sobretudo "de escolhas, opções e de garantias para um futuro melhor".

Nesse sentido, Dom Manue recordou que “existem princípios que, independentemente da opção política, não podem ser excluídos,  como a dignidade humana, o bem-comum, a solidariedade e a subsidiariedade".

Sobre a decisão, que depende do Presidente da República, de legitimar um governo minoritário ou dar posse a um novo governo liderado por António Costa, o Patriarca de Lisboa expressou sua convicção de que “Aníbal Cavaco Silva decidirá da forma mais consciente e responsável possível”.

Quanto ao peso que os partidos de esquerda vão ter na Assembleia da República e as implicações que poderão ter na eventual aprovação de leis mais favoráveis ao aborto ou à adoção por casais do mesmo sexo, Dom Manuel Clemente salientou que esta situação partiu da escolha democrática, nascida nas urnas.

Depois, sobre as decisões que serão tomadas no futuro, a Igreja Católica não deixará de continuar a apelar à consciência dos cidadãos, tanto os diretamente envolvidos na atividade politica quanto na opinião pública em geral.

"Continuaremos – concluiu o Cardeal, - a confirmar tudo aquilo que sempre dissemos, porque a democracia é uma sociedade que cresce e evolui e as causas também têm o seu tempo, até caso contrário". (MT/CEP)

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