2015-11-11 11:21:00

Burundi, mediações para acabar com a violência. Milhares em fuga


Situação cada vez mais preocupante no Burundi. As Nações Unidas nomearam um enviado especial, enquanto a França apresentou à ONU um projecto de resolução, num esforço para tirar o País da violência. Um pedido para imediatas negociações veio do enviado dos EUA na região dos Grandes Lagos, e o Presidente Museveni do Uganda será o mediador.

Será o britânico Jamal Benomar, enviado de Ban Ki-moon, a tentar a mediação para pôr fim à violência no Burundi, onde, desde o passado mês de abril, com a decisão do Presidente Pierre Nkurunziza de reivindicar para si o terceiro mandato presidencial, não obstante a constituição, se verificam graves episódios de violência, com diversas execuções extrajudiciais. Estima-se que ao longo dos últimos sete meses foram mortas pelo menos 240 pessoas, e outras 200 mil fugiram. Na semana passada, Nkurunziza havia ordenado às forças de segurança para usarem todos os meios de manter a ordem, mas são muitas as denúncias de cidadãos que acusam exactamente as forças de segurança de homicídios e incitação ao ódio.

Num projecto de resolução apresentado à ONU, a França apela a todos os intervenientes no país para acalmar as tensões. Estão em curso negociações sobre um texto que propõe de punir a todo aquele que queira impedir qualquer tentativa de diálogo entre o governo e a oposição. Uma política mitigada, porém, pela Rússia e outros Países da região que não querem interferir na política interna do Burundi e que, portanto, poderiam não apoiar eventuais sanções. Teme-se que se venha a desencadear uma violência em grande escala, alguns homens fortes do regime do Burundi estão multiplicando as provocações por motivos étnicos num País que, no seu passado recente, contou mais de 300 mil mortos no massacre entre Hútus e Tutsis. (BS)








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