Visita do Papa a Prato: aguarda-o sociedade multiforme


Cidade do Vaticano (RV) - A cidade de Prato – centro-norte da Itália – vive a expectativa da visita do Papa Francisco, esta terça-feira, dia 10, aonde chegará pela manhã antes de visitar Florença, por ocasião do Congresso Eclesial Nacional. A visita a Prato será marcada por um só encontro, mas que certamente ficará na história da comunidade local, não somente eclesial. A esse propósito, a Rádio Vaticano ouviu o bispo de Prato, Dom Franco Agostinelli. Eis no que disse:

Dom Franco Agostinelli:- “Nós o estamos aguardando realmente com grande expectativa, da parte de todos. E quando digo todos quero dizer não somente a Igreja local, mas, diria, toda a sociedade de Prato, que se mobilizou, cada um segundo a sua competência, para, da melhor forma possível, preparar esta acolhida, esta visita do Papa.”

RV: Dias atrás foi enviada ao Papa Francisco uma carta aberta das forças econômicas, sociais e sindicais, reiterando o quanto sentem o Papa próximo no que diz respeito a questões ligadas ao trabalho, às famílias em dificuldade...

Dom Franco Agostinelli:- “Sem dúvida, gostaria de dizer que desse ponto de vista a preparação para esta visita do Papa foi para nós uma experiência muito proveitosa, porque mais uma vez nos permitiu mais estreitamente encontrar todas as forças inseridas no trabalho, estabelecer com elas um verdadeiro diálogo fraterno, construtivo. De modo que estamos muito otimistas, porque pensamos que concluída esta visita do Papa, aquilo que pudemos construir até aqui, sem dúvida, terá uma continuidade. Por outro lado, falando sobre trabalho, tratamos de um tema que muito nos diz respeito, quer como Igreja, quer como Igreja em Prato especificamente, porque Prato é uma cidade que sempre viveu do trabalho, uma cidade que se construiu com o trabalho, uma cidade que sofre neste momento também pela falta de trabalho e por causa da precariedade que o trabalho encontra todos os dias. Portanto, são problemas sobre os quais todos queremos ouvir; queremos ouvir as palavras que o Papa nos dirigirá também sobre isso.”

RV: Impressiona que Francisco vá a Florença para o Congresso Eclesial Nacional chegando – por assim dizer – proveniente da periferia da cidade, chegando de Prato...

Dom Franco Agostinelli:- “De fato, colhemos também o significado dessa visita a Prato, que não é marginal, não é um acidente de percurso, mas – como a definiu o próprio Papa, falando a seus estreitos colabores – a chave de entrada para aquilo que será o Congresso Eclesial Nacional. A chave de entrada, porque, desse ponto de vista, realmente Prato enfrenta aquelas questões que o nosso Santo Padre tem a peito: as questões do trabalho, do acolhimento, da integração. No fundo, desse ponto de vista, Prato realmente constitui um laboratório daquela que poderá ser a sociedade futura, que, sem dúvida, será uma sociedade multiétnica, multirracial, multirreligiosa. Esses são problemas que estamos vivendo em Prato de modo muito consistente, tendo na cidade cerca de 110 ou 112 nacionalidades. Verdadeiramente, representa um encontro muito significativo.”

RV: Em reiteradas ocasiões o próprio Papa Francisco manifestou o desejo de visitar a China. Em Prato terá a oportunidade de encontrar também uma importante comunidade chinesa, inclusive cristã chinesa...

Dom Franco Agostinelli:- “Indubitavelmente. A comunidade chinesa está muito representada em Prato. Ao menos do ponto de vista oficial, a estimativa é de que há cerca de 30 mil cidadãos chineses. A realidade muito heterogênea que se vive aqui em Prato é sim constituída de chineses, mas também pela comunidade paquistanesa, indiana, sul-americana... Muitos são provenientes também do Leste europeu. Em suma, é realmente uma presença multiforme e variada que se empenha do ponto de vista social e do ponto de vista eclesial, no âmbito daquela evangelização com a qual queremos nos relacionar com esses nossos irmãos que vêm de longe.” (RL)








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