Sínodo: reelaboração do relatório final

Cidade do Vaticano (RV) – Depois da apresentação do relatório final do Sínodo, na manhã desta sexta-feira (23/10) os padres sinodais se reúnem em plenário para apresentar novas sugestões ao texto, como afirma à Rádio Vaticano o Arcebispo de São Paulo, Card. Odilo Pedro Scherer:

“Ontem, nos reunimos em plenário e nos foi apresentada a proposta de texto final do Sínodo. Um texto consistente, que deveria refletir um pouco todo o trabalho do Sínodo, quer da Assembleia Extraordinária do ano passado, quer as contribuições das Conferências Episcopais e outros organismos da Igreja entre os dois Sínodos, e também o trabalho desta Assembleia de 2015. Claro, durante a noite até hoje de manhã deveríamos ler e eventualmente, pela manhã, apresentar emendas, sugestões de mudanças e de enriquecimento do texto. E é o nosso trabalho desta manhã. Em plenário, mais um vez, com este texto em mãos, trabalhar para ajustá-lo no que for necessário, enriquecê-lo ainda para que ele reflita da melhor forma o trabalho feito. Amanhã à tarde será o voto final do texto, portanto, que vai representar todo o trabalho do Sínodo.”

RV: O que chama a atenção no texto?

Card. Odilo:- “O que chama atenção é, de fato, a tônica pastoral do texto, que naturalmente não entra em questões doutrinárias, como o Papa já tinha dito desde o começo, mas pretende colocar-se de maneira aberta, acolhedora diante da realidade da família e, ao mesmo tempo, dar orientações pastorais para a família, mas também orientações pastorais da Igreja para a própria Igreja em relação à família sobre uma nova pastoral familiar, onde a família esteja mais profundamente integrada na vida da Igreja.

RV: Uma nova pastoral familiar será o fruto deste Sínodo?

Card. Odilo:- “Este será o fruto deste trabalho do Sínodo, de um renovado interesse da Igreja em relação à família e, por isso, uma renovada forma de tratar a questão família, onde de fato se vai mais no concreto daquilo que o Concílio já tinha dito, que a família é Igreja doméstica. Tomando muito em consideração os desafios da família neste nosso tempo na Igreja e na sociedade contemporânea. Este duplo horizonte está presente em todo o texto.”

(SP/BF)