Sínodo: brasileiro representa Conselho Mundial de Igrejas


Cidade do Vaticano (RV) – Na manhã desta sexta-feira (16/10), na plenária do Sínodo tomarão a palavra os delegados fraternos, isto é, membros de outras confissões cristãs convidados para a Assembleia sinodal.

Um destes delegados fraternos é o gaúcho Dr. Walter Altamann, luterano, representando o Conselho Mundial de Igrejas. Devido a compromissos profissionais, o Sínodo para o Dr. Altmann teve início esta semana e à Rádio Vaticano falou da sua experiência:

“As impressões são as melhores possíveis. Eu encontrei um ambiente muito fraterno e acolhedor. Encontro o Sínodo num trabalho muito intenso de percepção de qual é a doutrina e a pastoral da Igreja para com a família e algo que, obviamente, é comum às nossas Igrejas.”  

Quais são os pontos em comum quanto à defesa da família entre católicos e luteranos?

“Nós, como a Igreja Católica, entendemos que a família é de suma importância, a matriz inclusive da fé para crianças, a construção de uma Igreja doméstica, como é chamada aqui. E, por extensão, a família é a incorporação de fato no corpo de Cristo e a constituição de uma comunidade que seja de responsabilidade comum, familiar, a começar pelo matrimônio, pela relação com os filhos e, por último, como testemunho para a própria sociedade.”

Qual o trabalho do Conselho Mundial de Igrejas em prol da família?

“O Conselho Mundial de Igrejas tem focado a família em relação a vários assuntos. Por exemplo, já há um trabalho que é desenvolvido há muitos anos em relação ao HIV/AIDS, que destrói muitas famílias e, portanto, também o trabalho de prevenção e de acompanhamento pastoral das famílias que são afetadas. Ou então, o trabalho junto a migrantes, porque também as migrações estão se transformando mais e mais numa tragédia de dimensão global, e afetam profundamente a unidade da família, a sua integridade. Portanto, o acompanhamento a migrantes é outra forma de apoiarmos concretamente famílias que são afetadas. Estes seriam dois exemplos. Mas há também declarações quando a situações de guerra, conflitos, perseguição religiosa que existe em muitos lugares do mundo, todas elas afetam profundamente a família. A família pode ser um instrumento de reconstituição, de reconciliação em sociedades muito divididas.”

(BF)








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