Delegados fraternos no Sínodo: "Unidade na diversidade"


Cidade do Vaticano (RV) – Após os trabalhos sinodais desta 14ª Congregação Geral  do Sínodo dos Bispos, em andamento no Vaticano, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, presidiu à última coletiva da semana, porque amanhã os Padres sinodais comemorarão os 50 anos da Instituição do Sínodo dos Bispos.

A primeira parte da coletiva de imprensa foi dedicada a um apanhado geral dos trabalhos sinodais da tarde de ontem, quinta-feira (15/10): foram 30 as intervenções dos Padres sinodais, além das três de auditores e casais.

Nos trabalhos da manhã desta sexta-feira (16/10), tomaram a palavra 12 Delegados fraternos, representantes de diversas Confissões cristãs, que estão participando como convidados no Sínodo. Alguns deles tomaram parte da coletiva de imprensa de hoje.

Trata-se do Primaz da Igreja Ortodoxa da Estônia, Stephanos, representante do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, e o Rev. Thimoty Thornton, bispo de Truro, na Grã-Bretanha, representante da Comunhão Anglicana, acompanhado do Primaz Justin Welby.

As diversas intervenções dos Delegados Fraternos, podem ser resumidas com o tema “unidade na diversidade”: diversidade de Confissões, mas unidade em definir “a família como ponto central da pastoral da Igreja e fundamento da sociedade”.

Os Delegados Fraternos afirmam que, na Sala do Sínodo, “se respira uma rica diversidade da Igreja de todo o mundo e a capacidade de dialogar uns com os outros”. No entanto, oferecem muitos pontos de reflexão sobre a família: desde a questão dos matrimônios mistos, de grande importância no caminho ecumênico, até às realidades das famílias em crise, que esperam conforto e acolhida, acompanhamento e não julgamento por parte da Igreja.

Neste sentido, os Delegados Fraternos afirmam que a Igreja deve frisar o aspecto positivo e belo do sacramento do matrimônio. A família - recordam – é o berço do amor de Deus, semelhante a uma comunidade monacal, na qual respeitam os votos de castidade, pobreza e obediência, ou seja, fidelidade conjugal, partilha dos bens e consagração a Deus.

No entanto, os Delegados de outras Confissões cristãs não deixam de ressaltar as principais problemáticas contemporâneas, que desafiam o núcleo familiar, como a homossexualidade, o drama da guerra e das migrações, a indigência, a adoção de crianças. Enfim, destacam a importância da família, que é testemunha da alegria evangélica.

Após as intervenções do Delegados Fraternos, nesta manhã, um numeroso grupo de Auditores e Auditoras, num total de 27, tomou a palavra, abordando diversos aspectos concernentes à família, como a adequada preparação ao matrimônio, as vítimas de abusos sexuais por parte de membros do clero, a preocupação pelos idosos e a “cultura do descarte”, o aborto, a procriação artificial, os matrimônios mistos e ainda o papel da mulher na família e na Igreja.

Por fim, na tarde de hoje, os trabalhos sinodais prosseguiram com os “círculos menores” sobre a Terceira parte do Sínodo dos Bispos sobre a Família. (MT)








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