Milhares fogem da violência no país africano na agenda do Papa


Bangui (RV) - A nova onda de violência em Bangui, capital da República Centro-Africana, fez mais de 40 mil pessoas fugirem de casa e se abrigarem no campo de refugiados junto ao aeroporto internacional e dentro de igrejas e conventos nos quais já vivem milhares de outros cidadãos do país há quase dois anos. Segundo a fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), a situação é especialmente precária porque foram saqueados muitos centros humanitários, incluindo os da Caritas local. Até seus colaboradores estão agora entre os desabrigados.

Christine du Coudray, responsável da fundação pontifícia para a África, relata que Dom Dieudonné Nzapalainga, arcebispo de Bangui e presidente da Conferência Episcopal da República Centro-Africana, visita os numerosos campos de refugiados e, com alimentos, presta ao menos a ajuda mais urgente. Com a situação dramática, a fundação aprovou uma ajuda imediata de 112 mil euros para mitigar as primeiras necessidades.

Segundo a agência Zenit, as últimas desordens mataram pelo menos 40 pessoas. Um templo foi incendiado e várias instalações foram saqueadas. Cerca de 800 detentos foram soltos de um presídio, entre os quais muitos rebeldes.

"Este país precisa, mais do que nunca, da nossa oração, da nossa ajuda e da nossa atenção", afirma Christine du Coudray. As iminentes eleições e a visita do Papa Francisco, prevista para o final de novembro, são "sinais de esperança para um futuro melhor e mais pacífico".

A nunciatura apostólica em Bangui declarou em comunicado que o Santo Padre espera - durante a sua visita, prevista para os dias 29 e 30 de novembro - "saudar e abençoar pessoalmente todos os centro-africanos". Christine du Coudray destaca que "esperamos e rezamos para que esta esperança não se frustre. Temos de fazer todo o possível para que o país não se afunde mais ainda numa espiral de violência e caos". (CM)

 








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