Satisfação da Igreja por anúncio de acordo de paz na Colômbia


Havana (RV) - A Conferência Episcopal da Colômbia expressa satisfação pelo anúncio, por parte do governo local, de um acordo fundamental no processo de paz do país.

De fato, num histórico encontro realizado em Cuba o presidente colombiano Juan Manul Santos e o líder das Forças Armadas Revolucionárias (Farc) Rogrigo Londoño assumiram o compromisso de criar um tribunal especial para julgar os delitos perpetrados em décadas de conflito, um ponto entre os principais obstáculos para as negociações de paz já de há muito iniciadas.

O presidente colombiano assegurou também um tempo breve – cerca de seis meses – para o alcance de um acordo de paz definitivo.

A guerra, experiência terrível. Necessário construir a paz

“A guerra é uma experiência terrível. Porém, devemos tirar dela algo de bom e esse encontro possibilitará que se possa alcançar o objetivo  que estamos buscando, ou seja, a paz”, afirmou o vice-presidente da Conferência Episcopal Colombiana, Dom Oscar Urbina Ortega.

“O Papa – ressaltou o arcebispo – disse que a paz deve ser construída no âmbito do sistema jurídico, nacional e internacional e, portanto, ambas as partes em causa devem considerar essa recomendação e buscar aquilo que todos os colombianos esperam, ou seja, a reconciliação.”

Sem confiança no outro, não há diálogo nem reconciliação

Naturalmente, a reconstrução da paz na Colômbia “implica um processo muito longo, porque o conflito se arrasta há mais de sessenta anos”, evidenciou Dom Urbina Ortega. Por isso, “o que conta nos processos de paz é a confiança entre as partes”.

“Devemos aprender a confiar um no outro porque, do contrário, não podemos construir nada”, considerado que “um dos custos principais da guerra é a desconfiança”. Ao invés, “é preciso crer no outro para construir, do contrário, não haverá nem diálogo nem edificação de uma comunidade”.

A Igreja sempre próxima às vítimas do conflito

Por fim, Dom Urbina Ortega evidenciou os três elementos almejados pela Igreja, ou seja, “perdão, reconciliação e paz”, reiterando que ela “continuará acompanhando as vítimas do conflito em todas as regiões do país”. (RL)








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