A Igreja colombiana e as negociações em Havana


Havana (RV) – No Angelus do último domingo, em Havana, o Papa Francisco fez um apelo aos colombianos, pedindo reconciliação.

Sobre as negociações de paz que ocorrem na capital cubana entre o governo e os rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, a Rádio Vaticano entrevistou o Presidente da Conferência Episcopal Colombiana, Dom  Luis Augusto Castro Quiroga:

Dom Quiroga:- O caminho que foi percorrido para se chegar a Havana começou com um processo muito fechado, um diálogo, aqui na cidade de Bogotá, entre o Governo e a guerrilha, com a finalidade de verificar se efetivamente eles queriam ir a fundo, isto é, acabar com o conflito e depor as armas. Quando esta intenção foi, de fato, verificada, o Governo e a guerrilha concordaram iniciar este diálogo e torna-lo público em Havana. É muito mais fácil fazê-lo lá, no sentido que existem menos interferências, menos dificuldades em relação a aqui (na Colômbia, ndr). Por isso, começou e me parece que se procedeu muito bem justamente porque se realiza num lugar um pouco isolado, onde é possível dialogar tranquilamente.

RV:- Qual é o papel específico da Igreja colombiana nas negociações?

Dom Quiroga:- Nós não temos um papel nas negociações, porque as negociações são um fato 100% político. Nós estivemos em Havana várias vezes, mas antes de tudo para acompanhar as vítimas e para ser moderadores, isto é, coordenar os diálogos entre as vítimas e as negociações. Isto sim, fizemos. Estamos presentes em todos os encontros. Ultimamente, tivemos um encontro com os representantes da guerrilha das FARC, para falar também do desejo que eles têm em seu coração de receber uma bênção do Papa – falavam deste modo simples -, quando fosse a Havana.

(BF)








All the contents on this site are copyrighted ©.