Sheikh Hasina convida o Papa Francisco a visitar Bangladesh


Daca (RV) - Ficaremos “muito felizes se o Papa vier a Bangladesh”. Foi o convite que a primeira-ministra Sheikh Hasina dirigiu ao Papa Francisco através do Cardeal Fernando Filoni num colóquio esta semana durante a visita do prefeito da Congregação para Evangelização dos Povos ao país do centro-sul da Ásia.

O prelado encontra-se na Ásia numa visita em três etapas. Após Bangladesh e Índia, deveria transferir-se ao Nepal, onde ficaria até o próximo sábado, dia 19, mas a terceira etapa da visita foi cancelada por motivos de segurança, ressalta a agência de notícias AsiaNews.

O convite ao Papa Francisco é feito por um país em sua grande maioria muçulmano do qual, segundo palavras do Cardeal Filoni, se deve apreçar “a coexistência pacífica de diferentes religiões”. Durante o colóquio, o purpurado elogiou também o papel da primeira-ministra “ao fazer de modo que prevaleça a harmonia religiosa”.

Durante o encontro – do qual participaram também o núncio apostólico no país, Dom George Kocherry, e o arcebispo de Daca, Dom Patrick D Rozario –, a premir Hasina ressaltou que seu governo encoraja o diálogo entre pessoas de diferentes credos e tutela o direito à liberdade religiosa das minorias.

Em seguida, a premier elogiou o papel “significativo e construtivo” desempenhado pela comunidade católica bengalesa, engajada na promoção humana, sobretudo nos campos da educação e dos serviços sociais.

Hasina afirmou que Bangladesh tem grande consideração pelas relações com a Santa Sé e que quer reforçá-las ulteriormente no futuro, estreitando os laços já existentes.

O prefeito de Propaganda Fide se disse impressionado, apesar de a comunidade católica ser muito pequena (cerca de 300 mil fiéis numa população de 160 milhões, ndr), com a coexistência pacífica de povos de fé diferentes credos e com a imensa beleza natural do país.

Junto à tolerância, cresce em Bangladesh também o integralismo islâmico de algumas alas políticas, pertencentes, sobretudo, ao partido opositor de Hasina. Há tempo os extremistas islâmicos tomam como alvo, livres pensadores e ativistas democráticos, justificando o assassinato deles porque “ateus”, destaca AsiaNews. (RL)








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