Papa recorda a ministros preceitos contra mudanças climáticas


Cidade do Vaticano (RV) – O Papa recebeu na manhã desta quarta-feira (16/9), um grupo de ministros do Meio Ambiente da União Europeia. Para contribuir com o debate, o Papa apresentou três aspectos fundamentais que desafiam os Países a tomarem atitudes concretas contra as mudanças ambientais.

Ao recordar que o ministério do meio ambiente assumiu, nos últimos anos, uma posição de destaque nos governos, Francisco afirmou que essa responsabilidade requer uma colaboração eficaz ao interno da Comunidade internacional.

Às vésperas da declaração das Nações Unidas sobre os objetivos de desenvolvimento sustentável e da Conferência do Clima de Paris, o Pontífice reiterou que os que mais sofrem com as mudanças climáticas são os mais pobres.

Solidariedade

Francisco fez um chamado à genuína solidariedade que, neste caso, quer dizer colocar em prática instrumentos eficazes que unam a luta contra o degrado ambiental com aquela contra a pobreza.

“Existem numerosas experiências positivas em tal direção. Trata-se, por exemplo, de desenvolvimento e transferência de tecnologias apropriadas, capazes de utilizar da melhor maneira os recursos humanos, naturais, socioeconômicos, grande parte destes acessível em nível local, para garantir uma sustentabilidade também a longo prazo”, explicou o Papa.

Justiça

Soma-se a isso o princípio da justiça, já explanado pelo Pontífice na encíclica Laudato si. Aqui, Francisco destacou a questão do “débito ecológico” existente entre o Norte e o Sul, ligado a desiquilíbrios comerciais com consequências também em âmbito ecológico.

“Devemos honrar este débito. Os Países ricos são chamados a contribuir, a resolver este débito dando um bom exemplo, limitando em modo importante o consumo de energia, provendo recursos aos Países mais necessitados para que possam promover politicas e programas de desenvolvimento sustentável”, afirmou o Papa.

Participação

Ao terminar sua reflexão, Francisco apresentou o preceito da participação que requer o envolvimento de todas as partes em causa, principalmente “daquelas que frequentemente ficam à margem dos processos decisórios”.

“Trata-se, obviamente, de um grande desafio cultural, espiritual e educativo. Solidariedade, justiça e participação para o respeito da nossa dignidade e para o respeito da criação”, concluiu o Papa ao garantir que da sua parte e da Santa Sé não faltará apoio para responder de maneira adequada tanto ao grito da Terra quanto ao grito dos pobres. (RB)








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