Papa abrirá 'Porta santa da caridade' no Albergue da Caritas


Roma (RV) - O Papa Francisco abrirá, em 18 de dezembro próximo, a “Porta santa da caridade” no Albergue da Caritas de Roma situado na via Marsala, perto da Estação Termini. 

A notícia foi dada pelo Vigário do Papa para a Diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini, durante a sessão conclusiva do encontro diocesano local que se realizou, nesta segunda-feira (14/09), na Basílica de São João de Latrão, com os catequistas e agentes pastorais.

Depois da abertura da Porta Santa o Papa visitará o refeitório do albergue dedicado a São João Paulo II que voltará a funcionar em novembro próximo. Outra Porta Santa, além das portas das quatro Basílicas Papais, será aberta no Santuário do Divino Amor.

Antes do anúncio, o purpurado expôs as conclusões do encontro diocesano de 2015, etapa final dos vários laboratórios de debate sobre o tema “Os pais, testemunhas da beleza”. O objetivo é integrar mães e pais na vida da Igreja e da paróquia, acompanhá-los durante a iniciação cristã dos filhos e acolhê-los se possuem feridas familiares profundas.
 
“A iniciação cristã não é a preparação aos Sacramentos, mas é começar a viver como cristãos através dos Sacramentos.” “Neste sentido”, explicou o Cardeal Vallini, “o envolvimento dos pais na formação de quem se batiza, recebe a Primeira Comunhão e a Crisma se torna essencial”. 

“Os anos de iniciação cristã são anos em que muitos pais se reaproximam da Igreja e da paróquia. Esse período deve fazer com que eles se sintam em casa, onde encontram uma comunidade viva, e sintam que o Evangelho é precioso para eles e seus filhos. O primeiro passo deve ser o do acolhimento”, disse o purpurado.

Em vista do próximo Sínodo sobre a Família que se realizará no Vaticano de 4 a 25 de outubro, sobre o tema “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”, “o Papa nos diz claramente que cuidar da família significa ser uma “Igreja em saída” e em alguns casos “ir às periferias”. Exemplo disso é o drama da migração em que o acolhimento aos migrantes muitas vezes significa acolhimento de famílias”, frisou ainda o Cardeal Vallini. 

O segundo passo é o acompanhamento na fé, que é uma obra de misericórdia, das famílias que vem de situações difíceis, pais separados, divorciados recasados ou envolvidos em relações de outro tipo. 

Num contexto em que 30% dos pais católicos confiam à paróquia a transmissão da fé aos filhos e em que muitos pais que se declaram não católicos decidem batizar seus filhos, o papel da Igreja se torna decisivo para responder a essa necessidade religiosa. 

Por isso, é necessário envolver os pais em momentos de partilha e confronto, através de uma série de instrumentos que vão desde uma melhor formação dos catequistas a uma maior ligação entre escola, família e paróquia. (MJ)








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