Havana (RV) – À espera da chegada do Papa, na nova etapa das relações entre Cuba e a Igreja, tem também a construção de uma igreja em Havana: o projeto tem um valor emblemático, já que será o primeiro templo católico do país desde os tempos da revolução castrista, em janeiro de 1959. Durante muitos anos, de fato, por causa das tensões Estado-Igreja não foram construídos espaços semelhantes.
Nesta semana, o jornal oficial do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba, o ‘Granma’,
lembrou que as relações entre a ilha e o Vaticano há pouco completaram 80 anos: “as
relações diplomáticas oficiais foram estabelecidas em 1935 e os vínculos entre os
dois Estados não foram nunca mais interrompidos”.
A igreja no bairro Antonio Guiteras, cedida pelo governo, será em honra a João Paulo
II que, em 1998, visitou a ilha. O novo espaço terá uma função importante naquela
que é considerada uma cidade-dormitório, a cerca de seis quilômetros do centro de
Havana: finalmente os habitantes celebrarão missas e cerimônias na igreja dedicada
ao Papa Wojtyla e não mais nas residências privadas. Na área em que será construída
a igreja, já se encontra um pequeno espaço que, segundo o diácono Manuel Hernandez,
“poderá ser utilizada para diversas iniciativas sociais que atualmente são realizadas
nas casas das famílias”.
A primeira pedra da igreja foi colocada pelo arcebispo de Havana, Cardeal Jaime Ortega,
em março deste ano. Para a construção do templo católico devem ser usadas as estruturas
recicladas do altar construído para a missa celebrada por Bento XVI na capital. O
governo cubano também já liberou a construção de outros dois espaços para os fiéis:
um na cidade de Sandino e outro em Santiago de Cuba, região onde já se encontra o
Santuário de Nossa Senhora da Caridade do Cobre, padroeira da ilha. (AC/Ansa)
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