Líderes muçulmanos indianos condenam extremismo do EI


Nova Délhi (RV) - Mais de mil expoentes islâmicos reunidos nos dias passados na Índia, para discutir e encontrar novas estratégias para "tutelar a imagem" de um Islã moderado, condenaram com veemência o extremismo religioso e os violentos ataques perpetrados pelo Estado Islâmico. Na declaração divulgada pelos líderes religiosos e referida pelo "Wall Street Journal", é sublinhado que "o comportamento dos militantes do EI é contrário aos ensinamentos do Islã e desumano" e expressa a  "profunda preocupação pela difusão da propaganda extremista" que corre o risco de ampliar-se sempre mais como uma mancha de óleo".

"Esta é uma mensagem forte", afirmou o líder da comunidade muçulmana de Mumbai, Abdur Rahman Anjaria. "Como comunidade grande e influente do país, rejeitamos com firmeza este tipo de torturas, assassinatos e violências", enfatizou. Os líderes religiosos recordaram que na Índia vivem mais de 170 milhões de muçulmanos, colocando o país em segundo lugar no mundo, após a Indonésia, nesta classificação confessional.

Os muçulmanos representam 14% da população da Índia, com maioria hinduísta. O Islã indiano - afirmaram os líderes religiosos - foi por longos anos considerado moderado e em contraposição à interpretação radical da religião feita por grupos extremistas como a Al Qaeda e o EI. No mês passado, a "Jamia Razviya Manazar-e-Islam", em Uttar Pradesh, lançou um ciclo de lições para enfrentar a propaganda dos fundamentalistas. Os estudantes analisaram trechos originais do Alcorão com aqueles distorcidos publicados por organizações terroristas.

O Ministro do Interior, Rajnath Singh, anunciou a colocação na ilegalidade do Estado Islâmico com base na "lei para a prevenção de atos terroristas". O governo elevou o nível de alerta e aumento os controles. Cerca de 20 jovens indianos aderiram ao EI, enquanto cerca de 30 muçulmanos foram detidos quando partiam para a Síria para unirem-se ao grupo radical. (JE/OR)

 

 








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