Berlim (RV) – A ONU pede aos países europeus “uma proposta comum para dividir igualmente
as responsabilidades” em matéria de migração. A declaração foi feita pela Alta Representação
pela Política Comunitária Estrangeira, Federica Mogherini.
A União Europeia deve pedir à Alemanha, França e Espanha para acolher cerca de 60%
dos 120 mil refugiados para nova inserção: em Berlim seriam 31 mil, em Paris 24 mil
e em Madri seriam quase 15 mil pessoas. Os dados foram antecipados por fontes de Bruxelas,
justamente quando o premiê da Hungria, Viktor Orban, pediu a Viena e Berlim de interromper
a acolhida, contrariamente à decisão da semana passada quando disse: “a Europa deve
fechar as fronteiras ou arrisca a chegada de milhões de migrantes”.
Mas a linha alemã parece ser taxativa: o governo divulgou que deve intervir com um
total de 6 bilhões de euros em favor dos refugiados que nestes dias entram no país.
A chanceler Angela Merkel agradeceu todos aqueles que se mobilizaram no final de semana
pela emergência dos migrantes, mostrando “uma imagem da Alemanha que ‘nos deixa orgulhosos’”,
disse ela.
Importante apreciação pela tomada de posição alemã por parte do premiê italiano Matteo
Renzi que, em telefonema à Merkel, falou de “uma mudança de atitude e de um passo
significativo” por parte da Europa. Na estação de trem de Munique, em 48 horas chegaram
mais de 20 mil pessoas provenientes da Hungria. Parte deles foram conduzidos a Viena
por um grupo de austríacos que, em carreata, foram até a fronteira para pegá-los.
Todavia, o Velho Continente ainda não fala com uma única voz. As mortes continuam
no mar, mesmo depois que a fotografia do pequeno Aylan, sem vida, na praia turca,
girou o mundo e tenha estarrecido e chocado as consciências: ao menos 20 pessoas são
as vítimas do naufrágio na costa líbica deste domingo, segundo referiram alguns dos
100 migrantes que foram salvos pela Guarda Costeira Italiana e desembarcados em Lampedusa.
(AC)
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