Papa a sacerdotes de Schöenstatt: carisma não é peça de museu


Cidade do Vaticano (RV) – O Papa recebeu no Vaticano, no final da manhã desta quinta-feira (03/09), os participantes do Capítulo Geral dos sacerdotes de Schöenstatt.

Em seu discurso, Francisco ressaltou a realização do V Capítulo Geral em concomitância com os 50 anos de fundação do Instituto por parte do Pe. José Kentenich. Esta data, afirmou, oferece uma ocasião para refletir sobre o carisma e a capacidade de transmiti-lo aos mais jovens.

Carisma

“Um carisma não é uma peça de museu”, disse o Papa, que permanece intacta numa vitrine para ser contemplada e nada mais. Tampouco é uma garrafa selada com água destilada, para que não se contamine com o exterior. Pelo contrário, “o carisma deve entrar em contato com a realidade, com as pessoas, com suas inquietações e problemas”. Assim, o carisma cresce, se renova e a realidade se transforma.

Contemplação, serviço e fraternidade

Com os sacerdotes, Francisco compartilhou três atitudes que podem auxiliá-los na vida sacerdotal: contemplação, serviço e fraternidade.

Na contemplação, deixamos que o Senhor nos surpreenda e abra caminhos de graça em nossa vida. “Deus nos livre do espírito do funcionalismo”, exortou. No serviço, o sacerdote realiza sua verdadeira vocação. “Ele tem que se elevar com a contemplação para entrar no coração de Deus e, por outro lado, se abaixar continuamente no serviço e lavar e curar as feridas de seus irmãos. Na fraternidade está a escola do discipulado. Um sacerdote jamais está só. “Não somos nós que escolhemos nossos irmãos, porém somos nós que podemos fazer a opção consciente e fecunda de amá-los como são, com defeitos e virtudes, com limites e potencialidades.”

Jubileu extraordinário

Por fim, um pedido de Francisco aos sacerdotes de Schoenstatt: em vista do Jubileu da Misericórdia, que dediquem muito tempo ao sacramento da reconciliação. “Sejam em suas comunidades testemunhas da misericórdia e da ternura de Deus.” E lembrou de um frade de Buenos Aires, que é um grande perdoador. “Ele tem quase a minha idades e, às vezes, fica cheio de escrúpulos por ter perdoado demais. E um dia lhe perguntei: ‘Que faz quando sente esses escrúpulos?’. E o frade respondeu: ‘Vou à capela, olho para o sacrário, e digo: Senhor, perdoe-me, hoje perdoei demasiado, porém que fique claro que o mau exemplo foi o Senhor quem me deu’.” O Papa exortou: "Sejam grandes perdoadores, por favor". (BF)








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