Harissa (RV) – Dom Flaviano Michel Melki, bispo da Igreja Católica síria, será beatificado, neste sábado (29/8), no Convento Patriarcal de Nossa Senhora da Libertação, em Harissa, Líbano.
A divina Liturgia de Beatificação, presidida pelo Patriarca sírio-católico, Ignatius Youssef III, terá início com a leitura do Decreto pelo Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos.
No dia 8 de agosto passado, o Santo Padre autorizou a Congregação para a Causa dos Santos a reconhecer o "martírio do Servo de Deus, Flaviano Michel Melki", no civil, Tiago, pertencente à Fraternidade de Santo Efrem.
Flaviano nasceu em 1858, em Kaalat Mara (atual Turquia). Após ter sido nomeado pela Igreja Católica síria, em 1895, como pároco de Melki, a igreja foi saqueada e incendiada durante os massacres dos Otomanos. Sempre viveu em extrema pobreza, chegando até a vender seus paramentos litúrgicos para ajudar os mais necessitados.
Em 1813, foi nomeado bispo de Mardin e Gazarta, atual Cizre, na Turquia. Quando começaram os massacres pelas autoridades otomanas contra as minorias armênias, assírias e gregas, o bispo recusou fugir. Foi preso em 28 de agosto de 1815, com o bispo caldeu Jacques Abraham, em Djezireh, na Turquia, durante os massacres contra armênios e comunidades cristãs, por parte dos chamados "Jovens Turcos".
Dom Abraham foi assassinado com um tiro e Dom Melki agredido até perder os sentidos, antes de ser decapitado. Flaviano foi assassinado em Cizre por não renunciar à sua fé e não aderir ao Islã.
Hoje, a Turquia nega que o Império Otomano tenha organizado um massacre sistemático da população armênia e rejeita o termo genocídio, usado por historiadores na Armênia e por 20 países.
A Comunidade síria-católica de Belo Horizonte participa, domingo (30/8), na Igreja Sagrado Coração de Jesus, de uma Missa em Ação de Graças, pela beatificação de Dom Flaviano Michel Melki. (MT)
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